Células imunes podem reverter esclerose múltipla, aponta novo estudo
Resultados iniciais são animadores, porque seria o primeiro tratamento natural contra a esclerose múltipla, uma doença que possui poucas medicações eficazes em uso
Um estudo da empresa americana Atara Biotherapeutics revelou que é possível desacelerar e até reverter alguns sintomas da esclerose múltipla com o uso de células imunes T. O teste é inicial, pequeno e não teve um grupo de controle, mas, ainda assim, os resultados animaram os médicos.
Os participantes começaram a ser recrutados em 2017. Ao todo, foram recolhidas células T (unidades de defesa) de 24 doadores infectados pelo vírus Epstein-Barr, responsável pela mononucleose, e que parece ter relação com a esclerose múltipla. Destes, 20 perceberam melhora ou estabilização dos sintomas depois de um ano.
Os exames também mostraram que alguns dos pacientes tiveram melhora no desgaste dos nervos. Os pesquisadores, porém, admitem que alguns dos resultados podem ter sido alcançados por conta do efeito placebo.
Os dados foram apresentados em uma conferência em 22 de março, mas ainda não foram revisados pela comunidade científica. No entanto, os resultados são animadores, disseram os cientistas. Se confirmado, seria o primeiro tratamento natural contra a esclerose múltipla, uma doença que possui poucas medicações eficazes em uso.
Um teste maior, de fase 2, com 80 pessoas, já está sendo realizado pela Atara Biotherapeutics.