Trema!

Trema! Festival retorna após hiato distante dos palcos

Festival, que celebra uma década de existência, começa nesta terça-feira (19) e segue até o próximo domingo (24) com espetáculos locais, nacionais e internacionais

"Encantado" é uma das atrações do Trema! - Divulgação

“De alguma maneira, hoje, todo ato artístico é uma barricada contra o descaso e a perseguição (...) não nos renderemos à barbárie”. Foi em meio a esses ditos que Pedro Vilela, ator, diretor e idealizador do Trema! Festival que, das resistências artísticas locais é uma das mais cortejadas, introduziu o papo com a Folha de Pernambuco. 

Com 27 espetáculos distribuídos por entre teatros pernambucanos, o festival voltar a ocupar os palcos de hoje até o próximo domingo (24) após três anos ausente do calendário – inicialmente por falta de recursos para realização e também por ter sido acometido pela paralisação da arte em decorrência da pandemia da Covid-19. 

 

“Fomos dados como mortos em 2018. Acreditavam que o festival não mais aconteceria e muito disso se deu por perseguições institucionais”, complementou Pedro, à frente da organização do evento que, entre outros vieses, foca em experimentações estéticas e temas urgentes e, portanto, necessários para ser reverberados via fazeres artísticos. 

Apresentações descentralizadas
O retorno do Trema! também marca a celebração de uma década do festival, que já pairou palcos afora com participação de mais de 40 grupos de várias partes do mundo.

A edição, comemorativa, incentivada pelo Fundo de Cultura de Pernambuco, vai reunir presencialmente artistas do México, Chile e Portugal, além de descentralizar apresentações com polos em Olinda, Recife e no Agreste pernambucano, nas cidades de Limoeiro e Surubim. 

Aos espetáculos de abertura o acesso será gratuito, assim como para as apresentações locais (com distribuição de ingressos uma hora antes das sessões) e atividades formativas. Já para as atrações nacionais e internacionais os valores são R$ 10 (meia-entrada) e R$ 20 (inteira) – com pelo menos 10% dos ingressos disponibilizados para alunos de escolas públicas do Estado, como forma de potencializar o caráter democrático que rege o evento.

Lado A e Lado B
“Esta edição tem uma dupla mirada: é dividida em Lado A e Lado B. Nela, temos a possibilidade de realizar desejos antigos, como por exemplo, trazer o ‘Lagartijas Tiradas Al Sol’, grupo mexicano que queríamos fazia muito tempo.

E tem a coreógrafa Lia Rodrigues que fará a abertura com ‘Encantado’ ", contou Pedro sobre um dos espetáculos da grade que recentemente passou por temporada em São Paulo e estreou em ares europeus, na França. 

No Trema! a apresentação será no Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu, Boa Viagem). Além dele outros espaços vão receber programação do festival: os teatros Apolo-Hermilo, Marco Camarotti (Sesc Santo Amaro), Galpão das Artes (Limoeiro), Reduto Coletivo (Surubim), Caverna Coletivo (Olinda). Ruas das cidades também servirão de palco para algumas das atrações que, entre as  internacionais, vai trazer “Feedback”, da “CRL – Central Elétrica (Circolando), companhia de dança portuguesa. 

Já “Altamira 2042”, solo da atriz Gabriela Carneiro da Cunha, também ganha destaque e “Manifesto Transpofágico” marca o retorno de Renata Carvalho ao festival. A grade contará ainda com produções locais e outras trazidas do eixo Rio-São Paulo.

E entre as atividades que integram o festival está a “Oficina Teatral para Pessoas Trans e Travestis”, guiada pelas cearenses Noá Bonoba, atriz e travesti, e pela multiartista trans não-binário, Marín. A presença do dramaturgo chileno Alexis Moreno, integrante do Teatro La María, que vai ministrar o workshop de dramaturgia “Cinco Aproximações a uma Cena”, é também destaque no evento.

Serviço
Trema! Festival
De hoje até o domingo (24), em teatros do Recife, Olinda, Limoeiro e Surubim

Ingressos gratuitos para os espetáculos de abertura, produções locais e atividades formativas; para grade nacional e internacional, R$ 10 (meia) e R$ 20 (inteira)

Programação e venda de ingressos no site www.tremafestival.com.br

 

PROGRAMAÇÃO  TREMA!FESTIVAL

 

LADO A

 

[GRATUITO]

INVOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA, Fernanda Silva & Sonia Sobral

19 abril, Parque Dona Lindu, 19h30 [espetáculo acessível em libras]

 

Baseada no texto da aula pública proferida pelo antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, em abril de 2016, nas escadarias da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, a performance remonta às complexas relações entre os índios brasileiros e o Estado moderno: uma história de dominação vista pelo prisma pós-colonial. Fernanda Silva, performer e representante de tantos involuntários da pátria, índia, negra, pobre, LGBTQ+, grita e dança as palavras em todas as direções, dando com seu corpo e voz, uma nova dicção ao texto do antropólogo sobre a guerra em curso contra os indígenas do Brasil. Assim, a histórica aula pública de Viveiros de Castro se transformou no gesto político-performativo concebido pela diretora Sonia Sobral.

 

Concepção: Sonia Sobral

Criação: Sonia Sobral e Fernanda Silva

Performance: Fernanda Silva

Texto: Eduardo Viveiros de Castro

Duração: 45 min

Indicação etária: Livre

 

[GRATUITO]

ENCANTADO, Lia Rodrigues

19 abril, Teatro Luiz Mendonça, 20h30

 

No Brasil, o termo “encantado” tem vários significados. Pode ser sinônimo de maravilha, descrever o efeito de um feitiço, ou ainda designar entidades animadas, os "encantados", que navegam entre céu e terra, dunas e rochas, e os tornam lugares sagrados. São essas forças misteriosas, intimamente ligadas a uma natureza agora ameaçada, que inspiraram Lia Rodrigues neste espetáculo marcado pelo contexto pandêmico onde o Brasil foi particularmente atingido de forma dura. A coreógrafa questiona como “encantar nossos medos” para recriar um coletivo dinâmico e aproximar os indivíduos. Ao fazê-lo, Encantado nos convida a redescobrir as forças naturais, em busca de imagens, paisagens e movimentos que – como os encantados – viajam de corpo em corpo.

 

Criação: Lia Rodrigues

Dançado e criado em estreita colaboração com: Leonardo Nunes, Carolina Repetto, Valentina Fittipaldi, Andrey Da Silva, Larissa Lima, Ricardo Xavier, Joana Lima, David Abreu, Matheus Macena, Tiago Oliveira, Raquel Alexandre

Assistente de criação: Amalia Lima

Dramaturgia: Silvia Soter

Colaboração artística e imagens: Sammi Landweer

Criação de luz: Nicolas Boudier com assistência técnica de Baptistine Méral e Magali Foubert

Montagem e operação de luz: Jimmy Wong

Trilha sonora/mixagem: Alexandre Seabra (a partir de trechos de músicas do povo GUARANI MBYA / aldeia de Kalipety da T.I. Tenondé Porã, captadas durante a marcha contra o ‘marco temporal‘)

Produção Brasil: Gabi Gonçalves / Corpo Rastreado

Duração: 60 min

Indicação etária: 16 anos

 

Com apoio de: FONDOC (Occitanie) / França; Fundo internacional de ajuda para as organizações de cultura e educação 2021 do ministério federal alemão de Affaires étrangères, do Goethe-Institut e de outros parceiros; Fondation d’entrepriseHermès/França, com a parceria de  France Culture

 

Lia Rodrigues é artista associada do Théâtre national de la Danse (Paris); Le CENTQUATRE-PARIS

 

[GRATUITO]

POEMA, Cia do Ator Nu (PE) [estreia]

20 abril, Teatro Marco Camarotti, 19h [espetáculo acessível em libras]

 

Nascido sob o signo da revolta e da indignação, Poema é um espetáculo de teatro (crítico, político, poético), a partir do livro Tetralogia da Peste [+ dois tempos, uma cidade] de Antônio Martinelli, no qual um ator dá voz a quatro personas que, distantes geograficamente, porém, unidos pela dor, refletem e resumem a nossa miséria social, econômica, sanitária e humana. 

 

Texto: Tetralogia da Peste [ + dois tempos, uma cidade]

Autor: Antônio Martinelli

Direção: Quiercles Santana

Elenco: Edjalma Freitas

Cenografia e figurino: Luciano Pontes

Iluminação: Luciana Raposo

Trilha sonora: Henrique Huff e Tarcísio Resende

Provocação corpo/voz: Henrique Ponzi

Vídeo (computação gráfica): Pingo

Designer gráfico: Hana Luzia

Fotografia: Rogério Alves

Produção: Cia do Ator Nu

Duração: 50 min

Indicação etária: 16 anos

 

[ENTRADA R$ 20]

[MEIA-ENTRADA R$ 10]

BANDO: DANÇA QUE NINGUÉM QUER VER, Gira Dança (RN)

20 abril, Teatro Apolo, 20h30

 

Em Bando – Dança que Ninguém Quer Ver, a Cia. Gira Dança expõe situações que o grupo vive ou vivenciou em seus mais de dezessete anos de existência. Entre elas está a invisibilidade dos corpos de seus bailarinos, tidos como diferentes daqueles geralmente vistos em obras de arte. A ideia de bando, algo central no trabalho, reflete a persistência do Giradança, que encontrou no formato coletivo a possibilidade de “carnificar” questões que assolam a companhia. Dezessete anos se passaram e as fissuras dessa linha são marcadas, sobretudo, por atitudes persistentes. Atitudes estas, que os fazem existir enquanto sujeitos que dançam na contemporaneidade.

 

Direção Coreográfica e artística - Alexandre Américo

Bailarinos- Álvaro Dantas, Jânia Santos, Joselma Soares, Marconi Araújo, Wilson Macário, Samuel Oliveira e Ana Vieira.

Artista residentes para criação (2015) - Leandro Berton(SP), Edu O. (BA), Mathieu Duvignaud (FR) e Marcos Bragato(SP)

Trilha sonora - Toni Gregório

Design de luz - Camila Tiago

Operação de luz - Camila Tiago/David Costa

Figurino - Yago

Criação cenográfica - Mathieu Duvignaud

Produção Executiva - Celso Filho

Direção Financeira - Cecília Amara

Direção Administrativa - Roberto Morais

Duração: 55 min

Indicação etária: 12 anos

 

[GRATUITO]

ESSA MENINA, Teatro de Fronteira e Coletivo Lugar Comum (PE) [abertura de processo]

21 abril, Memorial de Medicina e Cultura da UFPE, 18h [espetáculo acessível em libras]

 

Primeiro episódio da palestra-performance-novela. Cinco décadas de futuro, passado e presente, em que se cruzam a memória pessoal da performer, e narrativas do feminismo latino-americano. Aos nove anos, Roberta escreve o melodrama “Essa Menina”, potente lembrança de sua infância cercada por mulheres-artistas e pelo imaginário novelesco e midiático da cultura brasileira de seu tempo. Cenas de abuso, machismo e silenciamento antecipam a dramaturgia de toda uma vida, em que buscamos ecos coletivos. Performances expandidas de mulheres atravessam o corpo “dessa menina” que sofre danças e ausências, mas afirma corporeidades insurgentes no presente.

 

Realização: Coletivo Lugar Comum, Departamento de Artes da UFPE e Teatro de Fronteira.

Produção geral: Roberta Ramos e Rodrigo Dourado

Performer: Roberta Ramos

Diretor geral: Rodrigo Dourado

Figurinista e designer: Júlia Gusmão

Acordeon: Ana Maria Ramos 

Preparação corporal na técnica do tango: Cláudio Sobral

Concepção e operação de luz: Luciana Raposo

Fotografia, edição e operação de áudio: Ricardo Maciel

Captura e tratamento de imagens: Jonas Alves

Gravação de áudios da peça Essa Menina: Ana Maria Ramos e Roberta Ramos 

Apoio de Produção: André Padilha

Apoio: Diretoria de Cultura da UFPE-Proexc, Memorial da Medicina e Cultura da UFPE.

Duração: 50 min

Indicação etária: Livre

 

[ENTRADA R$ 20]

[MEIA-ENTRADA R$ 10]

FUCK HER, Ludmilla Ramalho (MG)

21 abril, Espaço Cênicas, 19h

 

Fuck her, em tradução livre, signifca “foda-a” ou “coma ela”, expressão de conotação sexual com aspecto de violência. A fúria do termo inglês, no entanto, é desarticulada pelo jogo com o termo “pinto” que designa, em português, tanto o falo masculino quanto o singelo filhote da galinha, que descobrimos ser o verdadeiro agente do consumo do corpo feminino.

 

Idealização e performer: Ludmilla Ramalho

Duração: 40 min

Indicação etária: Livre

 

[GRATUITO]

NARRATIVAS ENCONTRADAS NUMA GARRAFA PET NA BEIRA DA MARÉ, Grupo São Gens de Teatro (PE)

21 abril, Teatro Hermilo Borba Filho, 20h30 [espetáculo acessível em libras]

 

Uma dramaturgia criada a partir da vivência do dramaturgo na comunidade ribeirinha da Ponte do Pina - Recife/PE, onde o autor e sua família encontram a subsistência de sua rede familiar através da pesca artesanal de Marisco e Sururu. O espetáculo traz à cena o universo do mangue, das palafitas, da maré e a diversidade dos sujeitos e suas narrativas, discutindo temas como: homofobia, estupro, assédio, machismo, violência policial, racismo e vulnerabilidade social. Deste modo, o espetáculo coloca em evidência o espaço urbano da cidade do Recife e sua relação com as margens, e visa discutir os problemas inerentes ao fluxo contínuo de uma favela, revelando suas poeticidades e mazelas cotidianas.

 

Direção e dramaturgia: Anderson Leite

Figurino: André Lourenço

Iluminação e cenografia: Anderson Leite

Sonoplastia: Arnaldo do Monte

Elenco: Anderson Leite, André Lourenço, Cristiano Primo, Fagner Fênix, HBlynda

Morais e Monique Sampaio

Duração: 60 minutos

Indicação etária: 16 anos

 

[GRATUITO]

re_LUZIR, Marconi Bispo (PE) [estreia]

22 abril, Teatro Marco Camarotti, 19h [espetáculo acessível em libras]

 

De outubro de 2016 a março de 2020, Marconi Bispo protagonizou o espetáculo autobiográfico Luzir é Negro!. Foram trinta e nove sessões e na última praticamente saiu de cena para o isolamento que a covid-19 nos obrigou. O re_Luzir é o esboço cênico da retomada do ator Marconi Bispo: re_ssurgência, re_fluxo, re_volução, re_nascimento, re_começo. Tudo está valendo para definir e direcionar uma existência negra num país onde células nazistas crescem exponencialmente.

 

Dramaturgia, Encenação e Produção Executiva: Marconi Bispo

Supervisão Dramatúrgica e Assistência de Direção: Henrique Fontes

Direção de Imagens: Lia Letícia 

Iluminação: Natalie Revorêdo

Música: Miguel Mendes e Marconi Bispo

Crédito das Fotos: Felipe Peres Calheiros e Ilda de Sousa

Designer Gráfico: Marcelo do Ó

Duração: 60 minutos

Indicação etária: 14 anos

 

[ENTRADA R$ 20]

[MEIA-ENTRADA R$ 10]

TIJUANA, Lagartijas tiradas al sol (MX)

22 abril, Teatro Apolo, 20h30 [espetáculo acessível em libras]

 

O que significa democracia no México para milhões de pessoas que vivem com o salário mínimo? O que esperamos da democracia hoje? O que esperamos da política além da democracia? A economia condiciona a forma como experimentamos a política e as expectativas que temos.

Partindo dessa premissa, Tijuana encena a experiência de Lázaro Gabino Rodríguez, convertido por seis meses em Santiago Ramírez, morador de Tijuana (Baja California), sob condições específicas que o separaram de seu mundo habitual, do qual permaneceu incomunicável. ao salário mínimo em uma fábrica da Zona. A encenação busca narrar essa experiência e explorar as possibilidades de representação. Ser outra pessoa, tentar viver a vida de outra pessoa. Personificar outra pessoa. Isso não é atuar?

 

Um projeto de Lázaro Gabino Rodríguez

Baseado em textos e ideias de Andrés Solano, Arnoldo Gálvez Suárez, Martín Caparrós e Günter Wallraff

Co-direção: Luisa Pardo

Iluminação: Sergio López Vigueras

Pintura de cenário: Pedro Pizarro

Design de som: Juan Leduc

Vídeo: Chantal Peñalosa e Carlos Gamboa

Colaboração artística: Francisco Barreiro.

Este projeto faz parte de “Democracia no México (1965–2015)

Duração: 60 min

Indicação etária: 16 anos

 

[GRATUITO]

RECEITA PARA SE FAZER UM MONSTRO, Reduto CenaLab (PE)

22 abril, Galpão das Artes, 19h30 [descentralização - limoeiro]

Um homem convida você para um reencontro. Para uma reunião. Uma revisita. Uma cerimônia, uma demonstração ou tentativa de algo. Ele convida você para este momento, e conta muito com sua presença - mas no fundo, não acredita muito que você vá. Pronto para dividir suas memórias que permanecem espalhadas em sua casa, este homem tenta organizá-las para compartilhar com você, o caminho que o fez chegar até aqui.

 

Direção: André Chaves

Atuação: Igor Lopes

Texto original: Mário Rodrigues

Dramaturgia: André Chaves e Igor Lopes

Duração: 50 min

Indicação etária: 16 anos

 

[GRATUITO]

MEIA NOITE, Orun Santana (PE)

23 abril, Teatro Hermilo Borba Filho, 18h

 

Corpo, ancestralidade, afeto e memória. Em Meia Noite o público se conecta com a história de Orun Santana e seu mestre e pai. A obra revela ainda princípios motores e imagéticos do corpo do brincante, dançador, fruto de uma relação com o Daruê Malungo, seu espaço de trocas e vivência fonte em atrito com as relações de poder e dominação do corpo negro na contemporaneidade.

 

Intérprete-criador e diretor: Orun Santana

Consultoria artística: Gabriela Santana

Trilha Sonora: Vitor Maia

Iluminação: Natalie Revorêdo

Cenografia e figurino: Victor Lima

Produção: Danilo Carias | Criativo Soluções

Duração: 60 min

Indicação etária: Livre

 

[ENTRADA R$ 20]

[MEIA-ENTRADA R$ 10]

VERA CRUZ NOS ESTAMOS DEFORESTANDO O CÓMO EXTRAÑAR XALAPA, Lagartijas tiradas al sol (MX)

23 abril, Teatro Apolo, 19h30 [espetáculo acessível em libras]

 

VERACRUZ nos estamos deforestando o cómo extrañar Xalapa é uma conferência performativa que expõe a relação de Luisa Pardo com o lugar onde cresceu, um paraíso tropical onde nasceram suas bisavós, seus avós e seu pai. Esta peça relata a política, a liberdade de expressão e a violência neste estado, tomando como eixo o assassinato de Nadia Vera e Rubén Espinosa, na Cidade do México, e várias vozes de Veracruz que geram um mapa, um panorama mais amplo do que está acontecendo em neste lugar. Veracruz contém em seus territórios a rota que Cortés começou a conquistar México-Tenochtitlán. Veracruz é uma estreita faixa de terra com litoral e montanhas, muita pobreza e violência, assassinatos, desaparecimentos e silêncio.

 

Criação: Luisa Pardo

Colaboração artística: Lázaro Gabino Rodríguez

Projeto de iluminação: Sergio López Vigueras

Agradecimentos: Shantí Vera, Carlos López Tavera, Jerónimo Rosales, Josué, Amanda, Julián Equihua, Quetzali Macías Ascencio, Georgina Macías, Cuauhtémoc Cuaquehua Calixto, Luis Emilio Gomagú.

Este projeto faz parte de “Democracia no México (1965–2015)

Duração: 60 min

Indicação etária: 16 anos

 

[GRATUITO]

AINDA ESCREVO PARA ELAS,  Natali Assunção, Analice Croccia e Hilda Torres (PE)

23 abril, Galpão das Artes, 19h30 [descentralização - Limoeiro]

É sobre liberdade e aprisionamento. É sobre escuta e fala. Partindo de 11 relatos de mulheres de realidades sócio-econômica-culturais diferentes, o monólogo documental Ainda escrevo para elas nos convida a um mergulho em narrativas sobre liberdade e aprisionamento no cotidiano das mulheres. 

 

Idealização, realização, dramaturgia e elenco: Natali Assunção

Direção, direção de arte e operação de som: Analice Croccia

Direção: Hilda Torres

Criação de luz: Natalie Revorêdo

Assistente de criação de luz e técnico de luz: Domingos Júnior 

Preparação corporal: Gabriela Holanda 

Figurino: Orlando Neto

Produção: Memória em chamas

Duração: 60 minutos

Classificação etária: 16 anos

 

[GRATUITO]

GRAND FINALE, AS 10 GRAÇAS (CE)

23 abril, Coletivo Caverna, 16h [descentralização - olinda]

24 abril, Recife Antigo, 16h

 

Das lonas de circo ao sistema público de saúde. Dos semáforos às catracas de ônibus. Do ingresso comprado à fatura vencida. Não PERDA! Pela primeira e última vez o sensacional enforcamento do trabalhador da cultura em praça pública. Traga toda a família para prestigiar o GRAND FINALE.

 

Direção: As 10 Graças

Atuação: David Santos e Igor Cândido

Sonoplastia: Alysson Lemos/Lissa Cavalcante

Produção: Alysson Lemos

Duração: 45 min

Indicação etária: Livre

 

[GRATUITO]

SOLO FÉRTIL, Coletiva Semente de Teatro (PE)

24 abril, Teatro Marco Camarotti, 18h

 

O monólogo traz os ecos das vozes da terra, desse colo farto onde está plantado nosso passado, presente e de onde virá nosso futuro. É sobre nos relembrar que tão quanto plantar é importante cultivar, nutrir, cuidar. É também sobre a consciência de que não estamos sozinhos, que somos uno, húmus, humano, histórias, medos e sonhos. Juntos.

 

Direção e dramaturgista: Quiercles Santana

Atriz, dramaturgista e autora: Ludmila Pessoa

Dramaturgista: Malu Vieira

Iluminação: Natalie Revorêdo 

Direção de arte: Analice Croccia

Músico: Hercinho

Produção: Natali Assunção

Fotografias: Rogerio Alves 

Realização: Coletiva Semente de Teatro

Duração: 40 minutos

Classificação etária:

 

 

LADO B

 

[ENTRADA R$ 20]

[MEIA-ENTRADA R$ 10]

 ALTAMIRA 2042, Gabriela Carneiro da Cunha 

26 abril, Teatro Marco Camarotti, 18h [espetáculo acessível em libras] e 20h30 

 

Altamira 2042 é uma instauração performativa criada a partir do testemunho do rio Xingu sobre a barragem de Belo Monte. Aqui todos falam através de um mesmo dispositivo techno-xamânico: caixas de som e pen drives. Uma polifonia de seres, línguas, sonoridades e perspectivas tomam o espaço para abrir a escuta do público para vozes que tantos tentam silenciar. Assim a Barragem de Belo Monte vai deixando de ser simplesmente uma obra para se tornar o mito do inimigo.

 

Idealização e concepção: Gabriela Carneiro da Cunha

Direção: Gabriela Carneiro da Cunha e Rio Xingu

Diretor Assistente: João Marcelo Iglesias

Assistente de direção: Clara Mor e Jimmy Wong

Orientação de direção: Cibele Forjaz

Orientação da pesquisa e interlocução artística: Dinah de Oliveira e Sonia Sobral

Texto originário: Eliane Brum

“Trematurgia”: Raimunda Gomes da Silva, João Pereira da Silva, Povos indígenas Araweté e Juruna, Bel Juruna, Eliane Brum, Antonia Mello, Mc Rodrigo – Poeta Marginal, Mc Fernando, Thais Santi, Thais Mantovanelli, Marcelo Salazar e Lariza Montagem de vídeo: João Marcelo Iglesias, Rafael Frazão e Gabriela Carneiro da Cunha 

Montagem textual: Gabriela Carneiro da Cunha e João Marcelo Iglesias

Desenho sonoro: Felipe Storino e Bruno Carneiro

Figurino: Carla Ferraz

Iluminação: Cibele Forjaz

Concepção instalativa: Carla Ferraz e Gabriela Carneiro da Cunha

Realização instalativa: Carla Ferraz, Cabeção e Ciro Schou

Tecnologia, programação e automação: Bruno Carneiro e Computadores fazem arte.

Criação multimídia: Rafael Frazão e Bruno Carneiro

Design visual: Rodrigo Barja

Trabalho corporal: Paulo Mantuano e Mafalda Pequenino

Imagens: Eryk Rocha, Gabriela Carneiro da Cunha, João Marcelo Iglesias, Clara Mor e Cibele Forjaz

Pesquisa: Gabriela Carneiro da Cunha, João Marcelo Iglesias, Cibele Forjaz, Clara

Mor, Dinah de Oliveira, Eliane Brum, Sonia Sobral, Mafalda Pequenino e Eryk Rocha

Diretora de produção: Gabriela Gonçalves

Co-produção: Corpo Rastreado e MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo

Realização: Corpo Rastreado e Aruac Filmes

Duração: 90 minutos

Classificação indicativa: 16 anos

 

[GRATUITO]

KALASH, Coletivo Resiste (PE)

26 abril, Teatro Hermilo Borba Filho, 19h [espetáculo acessível em libras]

 

Ensaio crítico e iconográfico sobre os dias que vivemos. É sobre autoritarismo, negacionismo, extremismo religioso, ódio, assassinato em massa e as diversas formas de apagamento, de aniquilamento e de silenciamento das vozes divergentes. A que futuro a falta de diálogo e empatia podem nos levar? Nós não respondemos. Nós perguntamos.

 

Dramaturgia e Direção: Quiercles Santana

Atores- Pesquisadores: Bruna Luiza Barros, Sandra Rino e Tatto Medinni

Produção Executiva: Carla Navarro

Iluminação: Luciana Raposo

Preparação Corporal: Tatto Medinni

Direção Musical: Kleber Santana

Coreografias: Sandra Rino

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