Cultura

Jada Smith lança primeiro episódio de seu talk show após agressão no Oscar envolvendo Will Smith

A quinta temporada do "Red Table Talk" começou com uma mensagem de cura da família Smith

Will e Jada Smith com a filha Willow Smith - Patrick T. Fallow / AFP

O programa "Red Table Talk" de Jada Pinkett Smith lançou seu primeiro episódio nesta quarta-feira (20) desde que seu marido, Will Smith, deu um tapa no comediante Chris Rock no Oscar no mês passado. O programa, disponível no Facebook Watch,  começa com uma mensagem sobre a cura em andamento da família.

“Considerando tudo o que aconteceu nas últimas semanas, a família Smith tem se concentrado na cura profunda”, diz uma mensagem na tela no início do episódio. “Algumas dessas descobertas em torno de nossa cura serão compartilhadas à mesa quando o tempo chamar.”

Enquanto isso, o programa continuará “oferecendo-se a testemunhos poderosos, inspiradores e curativos como o de nossos primeiros convidados incrivelmente impressionantes”, continua a mensagem.
 

O show voltou para sua quinta temporada, com Jada se juntando à mesa com sua filha, Willow Smith; sua mãe, Adrienne Banfield-Norris; e sua convidada, a cantora Janelle Monáe. Jada ainda não falou publicamente sobre o incidente no Oscar no mês passado, que foi manchete de primeira página em todo o mundo.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood decidiu que o ator está proibido de comparecer à cerimonia de entrega do Oscar pelos próximos dez anos após a agressão ao comediante Chris Rock.

"O conselho decidiu, por um período de dez anos a partir do dia 8 de abril de 2022, que o senhor Smith não poderá comparecer a qualquer evento da Academia, pessoal ou virtualmente, incluindo mas não limitado ao Oscar", afirma o comunicado assinado pelo presidente da instituição, David Rubin, e pela CEO Dawn Hudson.

O conselho da Academia tem 54 membros, entre eles o cineasta Steven Spielberg e as atrizes Laura Dern e Whoopi Goldberg. Smith violou o código de conduta imposto aos membros da Academia após o escândalo #MeToo. O cancelamento do prêmio dado a Smith na cerimônia, por sua atuação em "King Richard: criando campeãs" já havia sido descartado como punição.

O comunicado afirmou ainda que "o comportamento inadmissível e perigoso do senhor Smith no palco" ofuscou a 94ª edição do Oscar, que "era para ser uma celebração dos vários indivíduos de nossa comunidade". Em nome da Academia, Rubin e Hudson também pediram desculpas por não terem reagido "de forma apropriada à situação" e agradeceram Rock por ter mantido "a compostura sob circunstâncias extraordinárias".

"Esperamos que isso possa iniciar um período de cura e renovação para todos aqueles envolvidos e impactados pelo ocorrido", disseram os signatários do documento.

Smith já havia dito que acataria a decisão da Academia e descrito as próprias ações como "chocantes e dolorosas". "Eu traí a confiança da Academia. Privei outros indicados e vencedores de sua oportunidade de celebrar e ser celebrado por seu trabalho extraordinário. Estou de coração partido", disse ele em seu comunicado de renúncia à Academia, no início do mês.

O ator agrediu Rock após o comediante comparar sua mulher, Jada Pinkett Smith, à personagem G.I. Jane, interpretada pela atriz Demi Moore no filme "Até o limite da honra" (1997). No longa, a personagem tem o cabelo raspado porque faz parte da Marinha. Jada, porém, sofre de alopecia, que provoca calvície.

Após a piada, Smith subiu em silêncio no palco e deu um tapa no rosto de Rock. De volta à plateia, esbravejou: "deixe o nome da minha mulher fora da p**** da sua boca". Na sequência, o ator foi acalmado por Jada e Denzel Washington. No dia seguinte, Smith pediu desculpas a Rock.