Escola de samba paulista ironiza discurso antivacina de Bolsonaro
Rosas de Ouro ironizou os discursos do presidente Jair Bolsonaro
Uma mulher vestida de enfermeira aplica uma suposta vacina com uma seringa gigante no personagem que representa um assustado Jair Bolsonaro. A plataforma gira e, em meio a uma cortina de fumaça, surge um jacaré com a faixa presidencial.
A cena, uma ironia com o frequente discurso do presidente contra a vacina anticovid, aconteceu na madrugada deste domingo no desfile da escola de samba paulista Rosas de Ouro.
Bolsonaro, que diz não ter sido vacinado contra a covid-19 e se recusa a fazê-lo, questionou os possíveis efeitos colaterais dos imunizantes em dezembro de 2020. Ele afirmou que não havia garantias de que quem recebesse a vacina da Pfizer-BioNtech não se tornaria um "jacaré".
A Rosas de Ouro relembrou essa famosa fala no Sambódromo do Anhembi, como parte de seu enredo sobre rituais e formas de curar doenças por meio da fé, da magia, da ciência e do samba.
Embora o Rio de Janeiro receba todos os olhares, o sambódromo de São Paulo também voltou a brilhar neste fim de semana após dois anos, em data atípica, após a suspensão do Carnaval em fevereiro por conta do avanço da variante ômicron do coronavírus.
Na noite de sábado e no início da manhã de domingo, as arquibancadas estavam lotadas.