Ponto de vista

Bezos alfineta Musk e insinua influência da China na compra do Twitter pelo homem mais rico do mundo

Dono da segunda maior fortuna do planeta, Bezos relacionou dependência crescente da Tesla do país asiático

Jeff Bezos, fundador da Amazon - David Ryder/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP

O segundo homem mais rico do mundo, Jeff Bezos, fundador da Amazon, comentou na noite desta segunda-feira, no Twitter, a compra da rede social por Elon Musk, o único humano com uma fortuna maior que a dele. Em tom de provocação, levantou suspeita de influência da China no negócio.

Bezos comentou um tuíte que relacionava a crescente dependência da Tesla, gigante de veículos elétricos de Musk, da China e o banimento do Twitter daquele país em 2009 pelo governo de Pequim.

O país asiático é o maior fornecedor de baterias para os veículos da Tesla e o segundo maior mercado consumidor da montadora. Ficou atrás apenas dos EUA em 2021.

Bezos escreveu que uma “pergunta interessante” seria: “O governo chinês acaba de ganhar um pouco de influência sobre a praça pública?”. Foi uma clara referência a Musk, que definiu o Twitter como uma “praça pública” contemporânea, onde são discutidos os temas mais importantes do mundo.
 

Em seguida, num fio, Bezos respondeu ele mesmo à pergunta: “Minha própria resposta a essa pergunta é que provavelmente não. A mais provável consequência nesse sentido é mais complexidade na China para a Tesla do que censura no Twitter”. “Mas vamos ver. Musk é extremante bom em navegar nesse tipo de complexidade”.

A ofensiva de Musk no área de mídias sociais lembrou, mas com cifras muito mais expressivas, a compra do Washington Post por Bezos, em 2013. Internautas comentaram o fio de Bezos fazendo referência sobre a rivalidade dele com Musk.