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Palestino morre em confrontos com exército de Israel na Cisjordânia

Desde 22 de março, 14 pessoas morreram em ataques contra Israel

Soldados israelenses - Jaafar Ashtiyeh/AFP

Um palestino morreu nesta quarta-feira (27) em confrontos com as tropas de Israel durante uma operação no norte da Cisjordânia ocupada, informou a agência oficial palestina Wafa.

De acordo com fontes da área da Saúde citadas pela Wafa, Ahmad Massad, 21 anos, morreu ao ser atingido por um tiro do exército israelense na área de Jenin, reduto das facções armadas palestinas da Cisjordânia. 

Uma fonte médica afirmou que Massad recebeu um tiro na cabeça.

Procurado pela AFP, o exército de Israel afirmou que empreendeu "atividades antiterroristas" nesta quarta-feira em Jenin, mas não citou vítimas.

Após uma série de ataques em Israel, incluindo dois na área metropolitana de Tel Aviv, executados por palestinos procedentes de Jenin, as forças israelenses multiplicaram nas últimas semanas as operações na Cisjordânia ocupada.

As operações se concentraram em Jenin, nome de uma cidade e de um campo de refugiados, onde atuam vários grupos islamitas armados como a Jihad Islâmica e o Hamas, assim como as Brigadas do Mártires de Al-Aqsa, braço militar do partido Fatah do presidente palestino Mahmud Abbas.

Desde 22 de março, 14 pessoas morreram em ataques contra Israel.

Ao mesmo tempo, 26 palestinos, incluindo os autores de ataques, morreram em vários incidentes ou durante operações no mesmo período, segundo um balanço da AFP.

Na Cidade Antiga de Jerusalém, mais de 250 palestinos ficaram feridos nas últimas semanas em confrontos com as forças de segurança israelenses na Esplanada das Mesquitas, terceiro local sagrado do islã e o local mais sagrado do judaísmo, com o nome de Monte do Templo.

Ao mesmo tempo, grupos armados palestinos lançaram vários foguetes a partir da Faixa de Gaza contra o território de Israel. O exército do Estado hebreu respondeu com uma série de ataques contra o território palestino, sob bloqueio israelense desde 2007.

Em uma aparente tentativa de aliviar as tensões, o ministro israelense das Relações Exteriores, Yair Lapid, afirmou no domingo que Israel permanece comprometido com o "status quo" na Esplanada das Mesquitas, o que implica a autorização para que os judeus visitem o local, mas sem a possibilidade de rezar.