Superiate de US$ 100 milhões de magnata russo "foge" em velocidade máxima rumo à Turquia
Após estadia em Dubai e Maldivas, iate do bilionário Alexander Abramov 'corre' pelo Canal de Suez para fugir de sanções
O superiate Titan, de US$ 100 milhões, do magnata russo do do aço Alexander Abramov, está navegando em velocidade máxima para chegar ao Canal de Suez, no Egito, provavelmente com destino às águas seguras da Turquia, para tentar fugir de sanções impostas após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
O Titan, um iate que tem capacidade para acomodar 14 convidados e 19 tripulantes, segue em direção ao Canal de Suez após longas estadias em Dubai e nas Maldivas, dois destinos considerados portos seguros contra sanções e apreensão de bens russos.
Abramov, cuja fortuna está avaliada em cerca de US$ 7,3 bilhões e cofundou a segunda maior siderúrgica da Rússia, a Evraz Plc, está na lista de sanções da Austrália.
"Olhando para dados históricos, o possível destino para o Titan, uma vez passado no Canal de Suez e no Mediterrâneo, poderia ser o Mar Egeu, o ponto de entrada para a Turquia", disse Jerome Weiss, cientista de dados marítimos da Spire Global, que fornece análises e dados baseados no espaço.
Weiss acrescenta: "Viajar para a Turquia, um país que ainda não impôs sanções contra a Rússia, pode ser a razão pela qual estamos vendo um aumento no movimento de iates na região".
Desde que as sanções foram aplicadas, o Mar Egeu se tornou uma parada de destino para 9% dos iates conectados a magnatas russos sancionados em março e abril, segundo a Spire.
Quase uma dúzia de superiates já foram apreendidos. A Alemanha apreendeu o superiate Dilbar, do bilionário russo Alisher Usmanov, avaliado em até US$ 750 milhões.
As autoridades italianas prenderam um navio de 530 milhões de euros (US$ 558 milhões) de propriedade do bilionário russo Andrey Melnichenko, enquanto a Espanha apreendeu o Tango, de US$ 90 milhões, de Viktor Vekselberg, bem como o Crescent, de US$ 600 milhões, que se acredita pertencer a Igor Sechin, dono da Rosneft Oil, com sede em Moscou.
O governo da Holanda bloqueou 14 iates de luxo por conta de sanções contra a Rússia, enquanto que a Finlândia confiscou 21 iates enquanto conduzia investigações para averiguar se seus donos seriam oligarcas russos.