Twitter

No Met Gala, Musk diz que Twitter é "nicho" e precisa alcançar mais americanos

Bilionário responde que "está tudo bem" caso funcionários queiram deixar a plataforma: "É um país livre"

Elon Musk no Met Gala - Angela Weiss / AFP

O bilionário Elon Musk, homem mais rico do mundo, não perdeu a oportunidade de mais uma vez expor seus planos para o Twitter ao ser abordado por repórteres no tapete vermelho do Met Gala, o tradicional baile beneficente da revista Vogue que reuniu dezenas de celebridades na noite de segunda-feira no museu Metropolitan, em Nova York.

"Neste momento, (o Twitter) é tipo um nicho. Eu quero que uma percentagem muito maior do país esteja nele, engajado num diálogo", disse o fundador da Tesla, que foi ao baile acompanhado de sua mãe, Maye Musk, de 74 anos, que é modelo e influenciadora digital. 

Perguntado sobre um possível êxodo de funcionários do Twitter por apreensão sobre o futuro da empresa, Musk respondeu “É um país livre”.

"Certamente, se alguém não se sente confortável com isso (a compra do Twitter por Musk), ele pode querer ir para outro lugar. E está tudo bem"

Em documento enviado ao órgão regulador do mercado de capitais americano, o Twitter alertou que pode perder anunciantes e empregados, e que estariam preocupados com o futuro da empresa em meio às incertezas sobre a venda da plataforma para o bilionário Elon Musk.

Além de funcionários, muitos usuários de esquerda do Twitter também se mostraram insatisfeitos com a compra e já reclamam do acordo da empresa com Musk. Mas o fato de a plataforma perder muitos de seus usuários negros — ou #BlackTwitter para os entendidos — pode significar um retrocesso financeiro para a empresa, que viu seu aplicativo de mídia social ganhar destaque, pelo menos em parte, por causa dos discursos cultural e de justiça social que eles popularizaram.