Panamá detecta pela primeira vez caso de hepatite misteriosa
Segundo a OMS, já foram reportados ao menos 230 contágios pelo mundo
As autoridades sanitárias do Panamá detectaram em seu território o primeiro caso de uma misteriosa hepatite que afeta crianças e que preocupa a Organização Mundial da Saúde (OMS), entidade que reportou pelo menos 230 contágios pelo mundo.
Trata-se de uma criança de dois anos, moradora da zona leste da província do Panamá, que se encontra fora de perigo após ser hospitalizada, explicou a chefe nacional de Epidemiologia do Ministério da Saúde, Lourdes Moreno, em um comunicado.
A detecção foi realizada pelo Instituto Comemorativo Gorgas, entidade de pesquisa científica e referência no Panamá. Moreno detalhou que "se trata de hepatitis F40-41, que corresponde precisamente ao alerta emitido pela OMS/Opas".
"Diante deste caso, tem se intensificado a vigilância epidemiológica e já se emitiu o alerta de vigilância a todas as instalações sanitárias" do país, afirmou a funcionária.
Em abril, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) emitiu um alerta diante da aparição de casos de hepatite aguda e grave de origem desconhecida, em vários países, em menores de idade.
Na terça-feira, a OMS disse que seguia recebendo dezenas de relatórios sobre casos, e que registou até agora cerca de 230 contágios no mundo inteiro.
Esta hepatite produz icterícia (tom de pele amarelado), diarreia, vômitos e dores abdominais. Alguns casos tem exigido o transplante de fígado e pelo menos quatro crianças morreram.
A maioria desses casos foram registrados na Europa, sobretudo no Reino Unido.
As autoridades sanitárias nos Estados Unidos investigam se a origem pode ser de um pátogeno comum chamado adenovirus 41.