Guerra na Ucrânia

EUA negam ter ajudado Ucrânia a matar generais russos

Porta-voz do Departamento de Defesa diz que o país não participa de decisões sobre alvos tomadas pelos militares ucranianos

John Kirby, porta-voz do Departamento de Defesa do EUA - KEVIN DIETSCH / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / GETTY IMAGES VIA AFP

Os Estados Unidos negaram nesta quinta-feira (5) terem entregue às forças ucranianas informações para matar generais russos perto das linhas de frente, como informou o jornal "The New York Times".

É correto que os Estados Unidos fornecem a Kiev elementos de inteligência "para ajudar os ucranianos a defender seu país", disse John Kirby, porta-voz do Departamento de Defesa. Mas "não entregamos informações sobre a localização de comandos militares no campo de batalha, nem participamos de decisões sobre alvos tomadas pelos militares ucranianos", assinalou.

O New York Times havia publicado nessa quarta-feira (4) que as informações entregues pelos Estados Unidos ao Exército da Ucrânia permitiram localizar generais russos na frente, citando fontes anônimas do serviço de inteligência americano.

O jornal afirmou que "muitos" entre a dúzia de generais russos mortos pelas forças ucranianas foram localizados com a ajuda da inteligência americana, citando comandos militares.

O Conselho de Segurança Nacional dos EUA (NSC) já havia chamado de "irresponsável" a afirmação de que os Estados Unidos ajudavam a Ucrânia a matar generais russos.

Os esforços de Washington no campo da inteligência para ajudar a Ucrânia em seus combates "se concentraram", entre outras coisas, "em determinar a localização e outros detalhes sobre os quartéis-generais móveis do Exército russo, que se deslocam com regularidade", publicou o Times.