Política

Lula enfrenta manifestação bolsonarista em Campinas e discursa na Unicamp

Ex-presidente saía de almoço em condomínio quando comitiva foi surpreendida por grupo de militantes. Na Unicamp, petista discursou para milhares de estudantes e prometeu três novos ministérios

Lula - Evaristo Sa / AFP

Em visita a Campinas (SP), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrentou hostilidade de militantes bolosnaristas em frente a um condomínio onde ele almoçou na casa do físico Rogério Cézar de Cerqueira Leite, na tarde desta quinta-feira (5). Vídeos publicados no Twitter mostram um carro preto, onde o ex-presidente estaria, passando por um grupo de manifestantes vestidos de verde e amarelo.

Na rua por onde a equipe de Lula passou, havia uma faixa branca com os dizeres "Lula lixo", presa sobre uma caminhonete. Um dos seguranças da comitiva retirou a faixa, enquanto outros monitoravam o movimento da rua e militantes xingavam Lula.

A assessoria de Lula informou que o ex-presidente se deparou com um protesto na porta do condomínio. Disse também que o carro passou pelos manifestantes e não houve cerco nem danos ao carro.

Sobre o homem que aparece no vídeo armado com um fuzil, a assessoria do petista disse que Lula utiliza a segurança oferecida pelo Estado a ex-presidentes.

Após sair do almoço, Lula participou  de um encontro com vereadores num hotel em Campinas e depois foi para a Unicamp. Na universidade, foi recebido por uma grande quantidade de pessoas. Parte dos estudantes não conseguiu entrar no anfiteatro, onde o petista discursou, e precisou acompanhar a fala do ex-presidente por telões do lado de fora.

Em seu discurso, Lula afirmou que, caso volte ao poder, irá criar três novos ministérios. O petista falava sobre a importância do  programa Luz Para Todos, implantando em seu primeiro governo, para o desenvolvimento da economia, quando afirmou:

"Aqui no Brasil criaram a ideia de que o Estado tem que ser fraco, que o Estado não pode ser forte. Tem que acabar com ministério. Eles podem saber que eu vou criar os ministérios da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos e agora dos Povos Indígenas", dissse.