Rudá Ricci analisa mais recente pesquisa presidencial; ouça
Cientista político destacou, no Folha Política, da Rádio Folha 96,7 FM, que acredita no acirramento da polarização
O cientista político e sociólogo Rudá Ricci foi o convidado do Folha Política desta sexta-feira (6). Ele repercutiu a mais recente pesquisa do Ipespe sobre a corrida presidencial com o âncora Jota Batista e o colunista Edmar Lyra.
"Tendo margem de erro de 3%, nós podemos dizer que não se alterou o quadro, no caso das pesquisas do Ipespe. Se nós acolhermos os dados dos institutos de pesquisa com maior credibilidade que temos no Brasil, como o Datafolha, vamos ter, então, que a diferença [de Lula para Bolsonaro] está entre 13 e 15%", apontou o cientista político.
Rudá Ricci destacou que Bolsonaro, do Partido Liberal (PL), fica mais perto de Lula, do Partido dos Trabalhadores (PT), somente em institutos que fazem pesquisas por telefone - o que dificulta o acesso a eleitores do Norte e do Nordeste, regiões onde o petista tem altos índices de intenção de voto.
"Todas as vantagens que Bolsonaro poderia ter tido, em relação à política economia assistencial, à queda do índice do desemprego e à saída do Moro, ele já teve, ele já conseguiu capturar na intenção de voto. A partir de agora, é guerra eleitoral. A não ser que aconteça algum desastre imprevisível, agora a diferença entre Lula e Bolsonaro vai ter mais relação com a competência das coordenações de campanha. Não tem mais fator externo, nem em facada dá para pensar", disse o convidado.
Para Ricci, a tendência é de não consolidação de uma terceira via. Ele pontuou, ainda, que os altos índices de rejeição de Bolsonaro e Lula no Ipespe, justificados pela polarização, oscilaram na margem de erro: o do atual Presidente foi de 61 para 60%, enquanto o do ex-Presidente subiu de 42 para 43%.
Confira esta edição do Folha Política na íntegra, acessando o player abaixo: