Bolsonaro defende bandeiras de campanha e volta a criticar reajuste de combustíveis
Presidente voltou a defender o armamento da população
No mesmo dia em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou sua pré-candidatura em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro discursou em evento no Rio Grande do Sul. Ele enalteceu aliados que vão disputar a eleição, voltou a defender o armamento da população e disse que o país "não aguenta mais reajuste de combustíveis". O preço da gasolina deve chegar aos dois dígitos nos próximos dias.
Cotado para ser vice na chapa de reeleição ao Planalto, o ex-ministro da Defesa Braga Netto foi mencionado duas vezes pelo presidente. Bolsonaro disse que Braga Netto respeita os seus militares e defende a família. Já Onyx Lorenzoni, que deixou o ministério do Trabalho e Previdência para concorrer ao governo do Rio Grande do Sul, foi lembrado como um ministro que “faz muita falta”. Onyx acompanhou o presidente na visita à Feira Nacional da Soja, em Santa Rosa (RS).
"Hoje podemos dizer que temos um presidente e um governo que acredita em Deus. General Braga Netto, que respeita os seus militares, que defende a família e deve lealdade ao seu povo. Tenho certeza que entregarei no futuro o comando do Brasil numa situação bem melhor do que aquela que recebi em 2019", afirmou.
Antes de ir para o evento, o presidente encontrou com apoiadores e fez uma motociata até o local do discurso. Bolsonaro não usou capacete e levou o prefeito de Santa Rosa, Anderson Mantei, garupa.
Bolsonaro mencionou que hoje há um conhecimento maior da população sobre os poderes da República, e “aqueles que realmente trabalham para a nossa pátria”. Ele voltou a defender o governo dos supostos esquemas de corrupção dizendo que “acusam, mas nada provam”. Nesta quinta-feira, no entanto, mudou o tom e disse que “não há denúncias consistentes sobre corrupção”.
"Vocês e o nosso governo conheceram melhor os poderes da República e aqueles que realmente trabalham para a nossa pátria. Temos um governo que acusam, mas nada provam sobre corrupção".
Sobre o preço dos combustíveis, Bolsonaro afirmou que o Brasil “não aguenta mais o reajuste” em uma empresa (Petrobras) que “fatura dezenas de bilhões de reais por ano às custas do nosso povo Brasileiro”.
"Essa semana vocês estão conhecendo um pouco mais do que é a Petrobras aqui no Brasil. Temos nichos, temos redutos ainda em nosso governo espalhados por todo o Brasil que não entenderam que todos nós estamos no mesmo barco. Eles sabem que o Brasil não aguenta mais o reajuste de combustível numa empresa que fatura dezenas de bilhões de reais por ano às custas do nosso povo brasileiro".
Na quinta-feira, o presidente disse que o lucro da Petrobras era um “absurdo” e disse que apela para a Petrobras não fazer mais reajustes. No mesmo dia, a Petrobras registrou lucro líquido de R$ 44,561 bilhões no primeiro trimestre deste ano, alta de 3.718,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Bolsonaro voltou a falar sobre a política de armas do governo federal, afirmando que a “segurança de uma nação passa pelas Forças Armadas”, mas também “pelo conhecimento do seu povo”, que “armado, jamais será escravizado”.
"Uma segurança de uma nação passa pelas Forças Armadas, mas passa também internamente pelo conhecimento do seu povo, e vocês sabem, eu sempre digo, que povo armado jamais será escravizado. Cada vez mais nós damos esse direito a todos vocês. Esse governo não teme, muito pelo contrário, fica muito feliz quando cidadãos de bem e responsáveis buscam comprar uma arma de fogo".