Diesel sobe 8,87% a partir desta terça (10), primeiro reajuste do novo presidente da Petrobras
Aumento para as distribuidoras é o terceiro no ano. Combustível acumula uma alta de 47% desde janeiro. Preço de gasolina e gás de botijão não muda
A partir desta terça-feira (10), o preço médio de venda de diesel da Petrobras terá reajuste de 8,87% para as distribuidoras, informou a empresa na manhã desta segunda-feira (9). Esse é o terceiro aumento do ano e o primeiro do atual presidente da estatal, José Mauro Ferreira Coelho, que tomou posse em 14 de abril. Os preço da gasolina e do gás de botijão não terão alteração.
O litro do diesel passará de R$ 4,51 para R$ 4,91. Com isso, o combustível acumula alta no preço de 47% desde janeiro. O último aumento foi no dia 11 de março, quando o litro do combustível passou de R$ 3,61 para R$ 4,51.
“Com esse movimento, a Petrobras segue outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda acompanhando os preços de mercado”, disse a estatal em nota.
Segundo a companhia, o aumento anunciado na manhã desta segunda-feira (9) “observou tanto o desalinhamento nos preços quanto a elevada volatilidade no mercado”.
“Nesse momento, no entanto, o balanço global de diesel está impactado por uma redução da oferta frente à demanda. Os estoques globais estão reduzidos e abaixo das mínimas sazonais dos últimos cinco anos nas principais regiões supridoras”, disse a estatal.
A Petrobras diz que esse desequilíbrio resultou na elevação dos preços de diesel no mundo inteiro, com a valorização do combustível muito acima da valorização do petróleo. A diferença entre o preço do diesel e o preço do petróleo nunca esteve tão alta.
De acordo com a Abicom, a associação dos importadores, a defasagem do diesel hoje está em R$ 0,94, ou 17% em relação ao preço internacional. Ou seja, mesmo com a alta anunciada hoje, o diesel vai cotinuar a ser vendido com defasagem.
A Petrobras lembrou ainda que o refino nacional não tem capacidade para atender toda a demanda do país, aumentando as preocupações de um possível desabastecimento. Dessa forma, cerca de 30% do consumo brasileiro de diesel são atendidos por outros refinadores, disse a empresa.