Mergulhadores e pesquisadores buscam espécies invasoras em Fernando de Noronha
Um grupo de nove mergulhadores e pesquisadores realizaram, em uma das ilhas do Arquipélago de Fernando de Noronha, uma operação de monitoramento no mês de março
Em busca de espécies invasoras, como o Peixe-Leão e o Coral-Sol, um grupo de nove mergulhadores e pesquisadores realizaram, em uma das ilhas do Arquipélago de Fernando de Noronha, uma operação de monitoramento no mês de março. O pesquisador do Instituto Avançado de Tecnologia e Inovação (IATI), Múcio Banja, liderou a equipe.
O grupo de mergulhadores integra uma equipe autorizada pela Licença para Atividades com Finalidades Científicas (Lic. nº. 72054-7) emitida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que monitora, desde 2019, alguns naufrágios da plataforma continental do estado de Pernambuco.
Durante a operação, nenhuma espécie invasora foi detectada.
"O monitoramento foi muito positivo, não tendo sido avistado nenhuma das espécies invasoras em Noronha. O objetivo é conter um avanço dessas espécies invasoras", pontuou o pesquisador Múcio.
Entre a equipe de mergulhadores e pesquisadores envolvidos, estavam Anderson Santos, Cicero Tabosa, Daniel Banja, Jessica Mendes, Henrique Vieira, Paulo Marcos, Paulo Queiroz e Rafael Cabral.
Peixe-Leão
Natural do Indo-Pacífico, o Peixe-Leão chegou à Flórida e ao Caribe em meados da década de 90, através da ação humana. A espécie se reproduz a uma velocidade espantosa e, por não ser um predador conhecido, tem facilidade em conseguir suas presas, o que acaba ameaçando toda a fauna marinha.
Coral-Sol
Além do Peixe-Leão, outro ser que preocupa os pesquisadores é o Coral-Sol. A espécie é uma praga que compete e leva as espécies nativas à morte. Atualmente, as duas espécies que foram introduzidas no Brasil estão distribuídas de forma descontínua ao longo do litoral, desde Fortaleza até Santa Catarina.
O que é o IATI?
O Instituto Avançado de Tecnologia e Inovação (IATI) atua na execução de projetos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), com um olhar voltado para o lado socioambiental e atuando como um parceiro da academia. Atualmente, são cerca de 150 pesquisadores no Instituto que desenvolvem ferramentas em 25 projetos.
No local são desenvolvidos projetos em Biotecnologia, Fontes Alternativas de Energia, Smart Cities, Mobilidade Elétrica, Armazenamento de Energia, Tecnologia da Informação e Hidrogênio Verde, pensando em transformar os estudos em projetos completos e disponíveis para o mercado.
Outras informações podem ser encontradas no perfil do Instagram e no site do instituto.
Confira o vídeo de como foi o mergulho: