"RUST"

Produtores de filme marcado por tiro acidental de Alec Baldwin negam falhas de segurança no set

Em relatório entregue para as autoridades, a Rust Movie Productions alega que "impôs todos os protocolos de segurança aplicáveis"

Alec Baldwin - Divulgação

Os produtores do filme "Rust", cuja gravação foi marcada por um tiro acidental de Alec Baldwin que terminou na morte da diretora Halyna Hutchins, negaram em um relatório oficial que tenham cometido falhas de segurança que culminaram na tragédia.

No mês passado, autoridades do Novo México, nos Estados Unidos, onde foi montado o set de filmagens, determinaram uma multa à Rust Movie Productions por falhas "sérias e intencionais". A companhia, porém, alega que "impôs todos os protocolos de segurança aplicáveis".

Conforme a BBC, os produtores defendem no documento que não violaram "'voluntariamente' nenhum protocolo de segurança". A equipe disse que todos os atores que manusearam armas receberam treinamento suficiente e os diretores assistentes foram instruídos a realizar reuniões de segurança nos dias em que as armas de fogo foram usadas, disse o documento. No relatório, consta que houve uma reunião do tipo na manhã do tiroteio que matou Halyna Hutchins e feriu Joel Souza.

Baldwin, que além de atuar também era produtor do filme, disse após o tiro acidental que achava que que a arma não continha munições reais e que ele não puxou o gatilho. Ele já se manifestou sobre o relatório que multou a produtora, ressaltando que as autoridades entenderam que o trabalho dele como co-produtor "se limitava a aprovar mudanças de roteiro e elenco criativo".

Agora, a produtora argumentou que não era responsável pela supervisão do set de filmagem, "muito menos pela supervisão de protocolos específicos, como manutenção e carregamento de armas". e negou que a armeira do filme, Hannah Gutierrez-Reed, tenha sido "sobrecarregada" por trabalhar também como assistente de adereços, ressaltando que e que ela teve tempo suficiente para inspecionar a munição, mas "não fez seu trabalho corretamente".

A defesa de Gutierrez-Reed, porém, aponta que o relatórios das autoridades do Novo México mostram que "não recebeu tempo ou recursos adequados para realizar seu trabalho de forma eficaz, apesar de suas preocupações". O advogados alegam que "a produção não chamou a armeira para desempenhar suas funções e inspecionar a arma de fogo logo antes de seu uso na cena com Baldwin".