Desemprego

Desemprego no Nordeste chega a 14,9%, mais que o dobro da taxa registrada no Sul; veja ranking

Rendimento do trabalhador só cresceu no primeiro trimestre no estado de São Paulo, aponta iBGE

Carteira de trabalho - Fotos Públicas

A taxa de desemprego ficou estável entre as regiões do país no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o quarto trimestre do ano passado, mas persiste uma desigualdade no mercado de trabalho entre as regiões: a taxa de desemprego no Nordeste está em 14,9%. É mais que o dobro da taxa de desemprego registrada na região Sul no mesmo período, onde o indicador ficou em 6,5%.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (13) pelo IBGE.

Na média nacional, a taxa de desemprego ficou em 11,1% no primeiro trimestre deste ano, o que indica estabilidade. Ainda assim, falta trabalho para quase quase 12 milhões de brasileiros, conforme já divulgado pelo IBGE.

A única queda ocorreu no Amapá, cuja taxa recuou 3,3 pontos percentuais, passando de 17,5% no quarto trimestre de 2021 para 14,2% no primeiro trimestre deste ano.

Na classificação por categoria de emprego, os estados do Amapá (35,9%), Amazonas (35,7%), Pará (34,6%) e Rondônia (32,4%) - todos da região Norte do país - concentraram os maiores percentuais de trabalhadores por conta própria.

Também foi verificado no Pará o maior percentual de trabalhadores informais (62,9%). Norte e Nordeste concentram os maiores percentuais dessas categorias profissionais.

Por outro lado, Sudeste (69,7%) e Centro-Oeste (71,0%) apresentaram maior participação de empregados. Santa Catarina (88,2%) foi o estado com o maior percentual de trabalhadores com carteira assinada no setor privado. Já no Maranhão (47,3%), menos da metade tinha a carteira assinada.

Na classificação por estado, a pesquisa mostrou que as maiores taxas de desemprego foram as da Bahia (17,6%), de Pernambuco (17,0%) e Rio de Janeiro (14,9%), enquanto as menores foram as de Santa Catarina (4,5%), Mato Grosso (5,3%) e Mato Grosso do Sul (6,5%).

A pesquisa também apontou que o rendimento médio real do trabalhador cresceu 1,5% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao trimestre encerrado em dezembro, chegando a R$ 2.548. Na comparação interanual, porém, o rendimento segue 8,7% menor (R$ 2.789).

Somente as regiões Norte (R$ 1.985) e Sudeste (R$ 2.875) tiveram expansão significativa no rendimento médio na comparação com os últimos três meses do ano passado.

"Já entre as unidades da federação, embora tenha havido uma tendência de leve aumento em boa parte delas, o único estado que realmente teve aumento estatisticamente significativo foi São Paulo (R$ 3.107)", destacou a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.