Devoção

Fiéis celebram Dia de Nossa Senhora de Fátima em santuário no Recife

O prefeito João Campos participou de uma das missas desta manhã

Celebração em comemoração ao Dia de Nossa Senhora de Fátima - Marconi Meireles/Folha de Pernambuco

A sexta-feira (13) é de devoção no Santuário Arquidiocesano Nossa Senhora de Fátima, localizado no antigo Colégio Nóbrega, no bairro da Soledade, área central do Recife. A data, consagrada à santa, lembra, segundo a liturgia cristã, a aparição de Nossa Senhora a três crianças na cidade de Fátima, em Portugal, no ano de 1917.
 
O prefeito do Recife, João Campos, participou da missa iniciada às 9h da manhã, ao lado da mãe, Renata Campos, e de um dos irmãos mais novos, José Campos. A família entrou no santuário carregando a imagem de Nossa Senhora de Fátima.
 
A secretária de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos do Recife, Ana Rita Suassuna, também acompanhou a celebração.

“Hoje é um dia de grande emoção e alegria, o dia 13 de maio, Dia de Nossa Senhora de Fátima. Nós somos devotos de Nossa Senhora de Fátima e eu tive a alegria de desde janeiro do ano passado de receber de Padre Mota a imagem de Nossa Senhora de Fátima e ela ficou na minha casa. E, como ele disse: ‘ela vai lhe ajudar a cuidar da Cidade e que você seja sempre também um guardião do nosso santuário”, comentou o prefeito
 
“Então, hoje a gente celebra e é muito bom a gente ter aqui o primeiro santuário do mundo de Nossa Senhora de Fátima, que reforça a nossa tradição, com uma cidade com forte marca cultural, histórica e religiosa como o Recife”, acrescentou Campos.

Para o reitor do Santuário de Fátima, padre Antônio Mota, as comemorações deste ano são ainda mais significativas por virem após os momentos mais críticos da pandemia causada pela Covid-19.

“É a ocasião de o povo retomar, depois de dois anos de pandemia, sem celebração presencial, e hoje o povo vem. Tanto é que, mesmo com a chuva, estão aí as pessoas. É um momento de agradecer, de pedir, estamos celebrando uma ação de graças pelo controle da pandemia, apesar de não estar ainda encerrada”, comentou.
 
Segundo o padre, as celebrações também são um momento para refletir sobre as conjunturas atuais do País.

“Viemos agradecer à Nossa Senhora por estarmos vivos, rezar por esse País, com uma intenção tão polarizante nessa coisa política. É preciso se entender, uma sociedade em conflito, que precisa se harmonizar, viver em uma sociedade plural, com todos os contrários, mas buscando o bem comum. Estamos vivendo essa situação social, com todo esse clima de desemprego, inflação, tudo isso que a gente já conhece. Mas o povo tem fé”, disse. 

O religioso também lembrou a época de criação do santuário do Recife, considerado o mais antigo do mundo dedicado à Nossa Senhora de Fátima, tendo sido fundado em 8 de setembro de 1935. “Em 1930, as aparições ainda não eram reconhecidas, mas era já de direito oculto. Então, a colônia portuguesa católica com os jesuítas portugueses da escola Nóbrega decidiram construir uma igreja no Colégio Nóbrega, mas preferiram fazer em estilo santuário”, explicou. 
 
A dona de casa Deise Vieira da Silva, de 62 anos, contou que todo dia 13 de cada mês vai ao santuário agradecer à santa, da qual é devota. “Eu venho agradecer uma graça que eu alcancei. A minha família me desprezou, eu morei muitos anos na rua, e hoje eu me encontro em uma residência e a minha família voltou a me procurar e está me amando cada dia mais”, comentou, emocionada.
 
Ela lembrou que era dependente de álcool e atribuiu à Nossa Senhora de Fátima o fato de ter conseguido se libertar do vício. “Eu era alcoólatra e hoje eu moro na minha casa junto com a minha filha e o meu neto. Eu sofri muito e hoje eu sou liberta, graças a Deus e a minha Nossa Senhora”, disse.