POLÍTICA

Bolsonaro diz que Incra não pode parar e diz que recurso pode vir de cortes em outros ministérios

Na sexta-feira, superintendente do órgão suspendeu as atividades por falta de recursos

Presidente Jair Bolsonaro - Isac Nóbrega/PR

O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (15), que as atividades do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) não podem parar e que estuda soluções para o orçamento do Instituto. O presidente disse que está "pronto" para cortar verba de algum ministério casa não haja orçamento para o Incra.

"Tá com problema de orçamento. Já foram se eu não me engano 330, 340 mil títulos. Precisamos de mais recursos, porque custa dinheiro você mandar o pessoal para as áreas trabalhar e emitir o título de propriedade. Não pode parar. Eu estou pronto, vou falar com o Paulo Guedes que, se não tiver recurso, para cortar de algum ministério", disse o presidente.

O Incra suspendeu nesta sexta-feira (13) todas as atividades que envolvam deslocamentos ou sejam avaliadas como "não urgentes". A determinação está em ofício encaminhado pelo presidente do órgão, Geraldo Melo Filho, às superintendências regionais.

No ofício, o presidente da autarquia diz que estão suspensas "quaisquer novas ações a serem iniciadas" que envolvam deslocamento e diárias "até manifestação em contrário por parte desta Presidência". O documento também informa o cancelamento das "solicitações de agendas nacionais" e a suspensão da realização de novos eventos do Incra, mesmo os que já estavam marcados.

"Em razão da atual indisponibilidade de recursos para a execução de atividades finalísticas da autarquia, informa-se que devem ser suspensas quaisquer atividades que envolvam deslocamentos para eventos, mesmo que entrega de títulos, uma vez que os recursos deverão ser priorizados em ações entendidas como urgentes e obrigatórias pela Sede", diz o documento.

Os eventos de entrega de título rural do Incra têm a constante participação do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em abril, ele esteve na cidade mineira de João Pinheiro ao lado dos ministros da Agricultura, Marcos Montes, e da Secretaria de Governo, Célio Faria, além de Geraldo Melo Filho. Em março, Bolsonaro participou de um evento similar, mas no Acre, onde entregou 5.768 títulos.