DO PL

Do mesmo partido de Bolsonaro, Tiririca foi contra o governo em metade das votações desde 2019

Deputado federal do PL foi um dos três parlamentares da sigla que votou contra o homeschooling

Tiririca - Wikimedia Commons

Um dos projetos mais defendidos pela bancada bolsonarista na Câmara não contou com o apoio de três deputados do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro: Tiririca (SP), Fernando Rodolfo (PE) e Junior Mano (CE) votaram contra o homeschooling, o ensino domiciliar, proposta aprovada nesta quarta-feira e que seguirá para análise do Senado.

Um levantamento feito pelo Globo aponta que essa não é uma novidade no mandato de Tiririca: em 46% das votações desde 2019 em que o governo fez alguma orientação, o deputado desobedeceu ao Palácio do Planalto. O grau de adesão está, inclusive, abaixo da média do Congresso Nacional, que é de 66%.

Os dados compreendem todas as votações realizadas na Câmara dos Deputados em que o governo orientou a bancada desde o início da atual legislatura em 2019. Na atual bancada do PL, a obediência de Tiririca só foi maior no período do que em relação a duas deputadas, Rosana Valle (SP) e Silvia Cristina (RO). As duas, entretanto, migraram na janela partidária em março: até então, eram filiadas ao PSB e PDT, respectivamente, que fazem oposição ao governo Bolsonaro.

O projeto aprovado na quarta-feira regulamenta o ensino domiciliar: na prática, o texto permite que pais eduquem seus filhos por conta própria, em casa. A votação teve 264 votos favoráveis e 144 votos contrários ao texto.

A maioria dos deputados aprovou, nesta quarta-feira, o texto-base do projeto que permite a pais educarem seus filhos por conta própria em casa. A votação do texto que regulamenta o chamado homeschooling, o ensino domiciliar, foi relâmpago e rachou a bancada da educação na casa. Foram 264 votos favoráveis e 144 contrários ao texto.

O projeto, que ainda precisa ser aprovado pelo Senado antes de ser enviado para sanção do presidente Jair Bolsonaro, exige que um dos pais tenha ensino superior completo e que a criança seja matriculada em uma instituição de ensino credenciada. Caso o estudante seja reprovado por dois anos consecutivos ou três anos não consecutivos, os pais perdem o direito ao ensino domiciliar.

O Globo procurou o deputado por meio de sua assessoria e aguarda um posicionamento.