Airbnb decide suspender operações na China por causa do isolamento imposto pelo combate à Covid
Aplicativo americano de hospedagem vai focar nos clientes chineses que viajam para fora do país
O Airbnb está encerrando suas operações na China por causa do combate agressivo ao novo surto de Covid-19. O aplicativo de hospedagem americano decidiu focar apenas nos turistas chineses que estão saindo do país.
A empresa vai parar de oferecer residências para alugar e experiências no país — onde operava desde 2016 — a partir deste verão (no Hemisfério Norte), segundo uma fonte familiarizada com o assunto ouvida pela agência Bloomberg. Mas vai manter sua presença na China com um escritório em Pequim com a expectativa de crescimento do turismo internacional quando as restrições foram flexibilizadas.
Como os aluguéis na China representam apenas 1% da receita do Airbnb, a empresa vê uma oportunidade maior no turismo de saída da China – em particular, viagens na região da Ásia-Pacífico.
A China adotou uma abordagem de zero Covid para conter o vírus, com o governo colocando cidades inteiras em bloqueio por semanas a fio. A abordagem de tolerância zero provocou críticas de empresas, alimentou a frustração do público e colocou a ambiciosa meta de crescimento anual de cerca de 5,5% de Pequim ainda mais fora de alcance.
Durante os primeiros dias da pandemia no início de 2020, o Airbnb suspendeu os check-ins em Pequim para cumprir os regulamentos locais. Em um documento regulatório em fevereiro, a empresa disse que continuaria incorrendo em “despesas significativas” para operar na China e que poderia não conseguir lucratividade no país.