BTS vai à Casa Branca para dialogar com Joe Biden sobre crimes de ódio contra asiáticos nos EUA

De acordo com o Centro para o Estudo do Ódio e do Extremismo no país, esses casos aumentaram mais de 300% em 2021, informou o portal "The Hill"

BTS, grupo de k-pop - Divulgação

A Casa Branca anunciou nesta quinta-feira que deve receber na terça-feira da próxima semana, dia 31, o grupo sul-coreano BTS para promover uma discussão com o presidente Joe Biden sobre crimes de ódio contra asiáticos nos EUA, em razão do mês da herança dos ásio-americanos, havaianos nativos e povos das ilhas do Pacífico (AANHPI).

De acordo com o Centro para o Estudo do Ódio e do Extremismo no país, esses casos aumentaram mais de 300% em 2021, informou o portal "The Hill".

“O presidente Biden já havia falado sobre seu compromisso de combater a onda de crimes de ódio anti-asiáticos e sancionou a Lei de Crimes de Ódio na Covid-19 em maio de 2021 para fornecer recursos às autoridades para identificar, investigar e denunciar crimes de ódio e garantir que as informações sobre crimes de ódio são mais acessíveis às comunidades AA (ásio-americana) e NHPI (havaianos nativos e povos das ilhas do Pacífico)”, disse a Casa Branca em um comunicado adiantado pelo portal "Deadline" e depois divulgado na rede social oficialmente.

“O presidente Biden e o BTS também discutirão a importância da diversidade e inclusão e o propósito do BTS como embaixador da juventude que espalha uma mensagem de esperança e positividade em todo o mundo".

Armys, como os fãs do septeto são chamados, celebram no Twitter o anúncio da Casa Branca e levaram a expressão "So proud of you BTS" aos assuntos do momento, com 159 mil menções por volta das 11h.

No início de 2021, BTS e BigHit Music renovaram seu compromisso com a campanha Love Myself (Amar a si mesmo, em tradução livre), criada em 2017, prometendo mais de US$ 1 milhão para a Unicef, bem como os rendimentos da venda de mercadorias e uma parte das vendas do álbum "Love Yourself".

O projeto busca formas de acabar com a violência, o abuso e o bullying, por meio de mensagens positivas de amor próprio e autocuidado para promover a autoestima e o bem-estar entre crianças e jovens ao redor do mundo. Em 2018, o BTS discursou pela primeira vez diante de chefes de estado e líderes mundiais na Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York.

O grupo voltou a discursar em 2020, ainda que tenha ocorrido de forma remota devido à pandemia. Já em 2021, a participação foi presencial mais uma vez. BTS chamou atenção tanto com suas declarações quanto com uma performance de "Permission do dance" do salão da ONU, marcando o início da semana da 76ª Assembleia Geral.

Em setembro do último ano, BTS foi nomeado enviado especial para as gerações e cultura futuras da Coreia do Sul em cerimônia realizada na Casa Azul, onde ficam o escritório e a residência do chefe de Estado. O canal do YouTube da presidência divulgou imagens do momento em que os idols RM, Jin, Suga, J-Hope, Jimin, V e Jungkook receberam seus certificados diplomáticos pelas mãos do então presidente Moon Jae-in.

— O ódio não pode ter porto seguro na América. E toda pessoa merece ser tratada com dignidade e respeito — afirmou Biden na última semana, quando ele e o vice-presidente Harris criticaram ataques a comunidades minoritárias em um evento na Casa Branca pelo mês da herança dos AANHPI.

Também na semana passada, chamou atenção a participação da cantora Selena Gomez num evento sobre conscientização de saúde mental, no qual marcou presença a primeira-dama Jill Biden.