Ludhmila Hajjar: médica de famosos, referência em Covid e não quis ser ministra

Cardiologista que recusou pasta da Saúde no governo Bolsonaro tem entre pacientes pai da Anitta e Joelma, faz trabalho junto ao SUS e cobra R$ 1.800 por consulta particular

A médica Ludhmila Hajjar - Reprodução/Instagram

É quase impossível contar as @ de agradecimento à médica Ludhmila Hajjar postadas por famosos nas redes sociais. A última enxurrada de "gratidão" veio de Anitta, que, inclusive, registrou foto ao lado da cardiologista em seu perfil na rede social.

Foi ela que cuidou da recente cirurgia do pai da cantora, Mauro Machado. Ele não é o único nome conhecido na lista de pacientes dessa goiana que recusou a o ministério da Saúde no governo de Jair Bolsonaro e se tornou uma das maiores referências no tratamento da Covid e suas implicações cardíacas.

Os sertanejos Gusttavo Lima e Leonardo, a ifluencer Virgínia Fonseca, as cantoras Joelma e Daniela Mercury, a humorista Tatá Werneck, a mãe da ex-BBB e cantora Juliette... A lista é longa.

Além de famosos, boa parte de integrantes dos poderes Executivo e Legislativo do país já foram atendidos por Ludhmilla. Ela não gosta de surfar na fama dos famosos que passam por sua clínica no Itaim Bibi, bairro nobre de São Paulo, onde cobra R$ 1.800 por uma consulta de rotina. Sua clínica fica ao lado do hospital Vila Nova Star, onde também realiza vários atendimentos, mantendo equipe e estrutura sob sua supervisão.

O currículo da médica dá sua dimensão. Formada em Medicina na Universidade de Brasília, Ludhmila fez carreira na Universidade de São Paulo (USP) e também tem destaque na área acadêmica e no atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Durante a pandemia, produziu e publicou inúmeros artigos em revistas científicas respeitadas. Às credenciais: ela é professora de Cardiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), coordenadora da pós-graduação de Cardiologia da USP, diretora da área de cardio-oncologia do InCor-Icesp.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Nascida em Anápolis, Goiânia, se formou na Universidade de Brasília em 2000 e hoje tem 45 anos. Durante muito tempo foi braço direito de outro cardiologista dos mais renomados do país: Roberto Kalil Filho. Em 2021, foi convidada a ocupar o Ministério da Saúde do governo Bolsonaro, mas recusou a oferta.

Na ocasião, alegou ter divergências com o governo federal na forma de condução do enfrentamento à pandemia; disse que o governo subestimou a gravidade da doença e que uma das consequências foi o atraso na compra de vacinas.