Bolsas em queda ao redor do mundo inquietam por causa de aumento das taxas de juros
Quedas nas bolsas europeias, americanas e asiáticas foram registradas nesta segunda-feira (13)
Os temores de um forte aumento das taxas de juros nos Estados Unidos e de uma recessão afetam as Bolsas ao redor do mundo nesta segunda-feira (13), após a publicação na sexta-feira (10) de dados da inflação americana mais elevados que o previsto.
As Bolsas europeias iniciaram a semana com resultados negativos. Às 8h25 GMT (5h25 de Brasília), Paris recuava 2,38%, Frankfurt 2,05%, Milão 2,14% e o índice de referência Eurostoxx 50 operava em queda de 2,40%.
Londres também registrava baixa de 1,55% após a publicação da queda de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) britânico em abril, depois de um recuo de 0,1% no mês anterior.
A inflação americana atingiu um novo recorde em maio, com 8,6% em ritmo anual, muito acima das expectativas dos analistas. O aumento do índice de preços ao consumidor voltou a acelerar no mês passado.
O resultado provocou uma forte queda na Bolsa de Nova York na sexta-feira: recuo de 2,73% para o Dow Jones e de 3,52% para a Nasdaq.
Na Ásia, o movimento também foi de queda nesta segunda-feira (13). A Bolsa de Tóquio encerrou a sessão baixa expressiva de 3,01% e o iene registrou a menor cotação em comparação com o dólar desde 1998.
Xangai registrou queda de 0,89% e Hong Kong recuou 3,07%.
O Comitê de Política Monetária do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) se reunirá na terça-feira e quarta-feira. Os mercados já esperam um ajuste de 0,5 ponto percentual das taxas básicas de juros, depois de um aumento similar no mês passado.
Mas, diante do avanço da inflação, alguns analistas questionam se o Fed não aumentará ainda mais a pressão com um aumento de 0,75 ponto percentual da taxa de juros, um passo extremamente raro na história recente do banco central americano.
Outro elemento que mostra o estado dos mercados nesta segunda-feira é a desvalorização do bitcoin, negociado abaixo de 25 mil dólares, a menor cotação em 18 meses, no momento em que os investidores evitam ativos de risco.
A criptomoeda mais popular do mundo registrava queda de de 10%, a US$ 24.692, nas negociações da manhã em Londres, um nível que não era observado desde dezembro de 2020.