ONU pede US$ 426 milhões de urgência para evitar fome no Sudão do Sul
O Programa Mundial de Alimentos teve de suspender a distribuição de alimentos a 1,7 milhão de pessoas desde abril por falta de fundos
A ONU precisa, urgentemente, de US$ 426 milhões para evitar que grande parte da população do Sudão do Sul se veja mergulhada na fome - alertou o diretor do Programa Mundial de Alimentos (PMA) para este país, Adeyinka Badejo, nesta terça-feira (14).
"Já estamos em crise, mas precisamos retomar a distribuição de ajuda nas zonas onde fomos obrigados a suspendê-la para evitar que as pessoas caiam na fome. E, para isso, precisamos de US$ 426 milhões nos próximos seis meses", declarou Badejo.
O Programa Mundial de Alimentos teve de suspender a distribuição de alimentos a 1,7 milhão de pessoas desde abril por falta de fundos.
"O PMA tinha planejado proporcionar assistência alimentar a 6,2 milhões de pessoas em 2022, mas diante das crescentes necessidades humanitárias e da insuficiência de fundos, tivemos de tomar a dolorosa decisão de suspender a assistência a 1,7 milhão de pessoas", que sofrem de insegurança alimentar, acrescentou a mesma fonte por videoconferência.
"Não estamos mais em crise, mas estamos tentando que não se torne algo explosivo", insistiu.
Com uma população em torno de 11 milhões de habitantes, o país mais jovem do mundo vive em uma instabilidade política, econômica e de segurança desde sua independência do Sudão em 2011, incluindo uma guerra civil entre 2013 e 2018 que deixou 400 mil mortos e quatro milhões de deslocados.