Julgamento

"Nós queríamos que resolvesse tudo logo", diz filha de vítima de feminicídio

O julgamento de Mauricio Alves de Andrade foi adiado para o dia 10 de agosto

Dayane Gomes, filha de Dione Gomes, vítima de feminicídio - Foto: Marconi Meireles/Folha de Pernambuco

Com o adiamento do júri popular de Mauricio Alves de Andrade, acusado de feminicídio e ocultação do cadáver de sua parceira, Dione Gomes da Silva, para o dia 10 de agosto, a família da vítima espera pela justiça. 

O julgamento estava marcado para iniciar nesta quarta-feira (15), e Dayane Gomes, filha de Dione, contou que o desejo da família era o da justiça prevalecer, mas com o adiamento da sessão, ela completou: "Nós só queríamos que resolvesse logo tudo isso porque eu não aguento mais ver esse homem. Eu não quero ver ele mais nunca, dói muito. Eu nunca imaginei que ele poderia fazer tudo aquilo que ele fez e dói muito só em saber de tudo o que ela [Dione] passou". 

Dayane disse que toda a sua família chegou no local nesta quarta-feira (15), acreditando que "a justiça seria feita logo" e com a nova data, o sentimento de dor de todos os familiares e amigos vai prevalecer por mais tempo.

A mãe da vítima de feminicídio, Ismerinda Dutra Pereira, falou que a espera para a nova data é dolorosa: "Vai ser triste como sempre foi desde o dia que ele tirou a vida da minha filha e acabou comigo e com a minha família. Mas ele vai pagar, a justiça será feita". 

Tido como o primeiro caso de feminicídio de 2021, Maurício é acusado de matar Dione e depois tentar se livrar de seu corpo jogando-o no rio Tejipió, pela ponte Motocolombó, no bairro da Imbiribeira. O crime aconteceu na madrugada do dia 3 de janeiro de 2021.