Barracas com artigos de São João e fogueiras tomam conta das ruas do Recife
No Recife, a festividade será celebrada de 1º a 15 de julho
Símbolo típico do São João, as fogueiras que iluminam as ruas de Pernambuco são vistas sendo comercializadas em diversos pontos do Recife. As barracas de artigos juninos como roupas, balões e fogos de artifício também tomam conta das ruas e os comerciantes estão otimistas com as vendas, apesar da suspensão das festividades juninas no Recife e na Região Metropolitana por conta das chuvas que atingiram o estado. No Recife, a festividade será celebrada de 1º a 15 de julho.
Há mais de 30 anos, Mário Rodrigues, de 56 anos, monta fogueiras para venda na rua Engenheiro Agamenon Magalhães de Melo, no bairro do Rosarinho, na Zona Norte da capital pernambucana. Este ano, Mário disse que as vendas ainda estão fracas, mas espera que tudo melhore com a proximidade do São João, comemorado na próxima sexta-feira (24). No local, as fogueiras custam R$ 30 e R$ 50.
“As vendas estão fracas, só vendi duas fogueiras até agora. Mas vou conseguir vender, o tempo está bom para vender. A venda de fogueiras é um extra, eu sou encanador. Eu quero vender tudo e que todos façam a sua fogueirinha. Vou estar com as fogueiras montadas até São Pedro”, destacou Mário.
Com quatro barracas montadas na avenida Beira Rio, no bairro da Torre, na Zona Norte do Recife, Adson Bonfim, de 29 anos, e seus irmãos deram seguimento ao comércio de artigos juninos da matriarca da família. Ele afirma que o movimento está melhor comparado a 2019, último ano em que a festividade foi realizada, por conta da pandemia da Covid-19.
“As pessoas estão comprando fogos, principalmente para a criançada que ficou muito presa esse tempo todo. Graças a Deus está saindo muito traque de massa, estrelinha. A tradição a gente não pode deixar morrer. Traque de massa a gente tem do menor que é R$ 15, até R$100 com muitas caixas. O que mais está vendendo é traque de massa, fogos, efeitos, balão, adereços de cabelo, roupas. Estamos aqui até São Pedro”, pontuou.
Moradora do estado do Tocantins há 15 anos, a pernambucana Marta Carvalho, de 45 anos, o marido e o filho vieram para Pernambuco aproveitar a época junina e compraram roupas e fogos de artifício nas barraquinhas.
“Esse ano a gente resolveu voltar para Pernambuco no São João, vamos para o interior, para Serra Talhada, curtir o São João lá. Passamos aqui pelas barraquinhas e achei super conveniente comprar e já ir pronta, caracterizada. Eu comprei vestuário e também fogos de artifício. Eu quero ver muito forró, muito forró pé de serra, muita comida de milho, rememorar toda essa parte boa que é o São João aqui em Pernambuco”, disse.
Também na avenida Beira Rio, Fernando Moura e Márcio Valdeque vendem fogueiras com preços que variam entre R$20 e R$70.
“Faz dois anos que a gente não monta as fogueiras por conta do Covid, mas como agora ficou tudo normalizado, graças a Deus, estamos voltando a defender a nossa bolacha. O movimento ainda está fraco, mas acreditamos, em nome de Jesus, que agora na véspera a gente vai arrebentar. Sempre vende muito bem na véspera, muitos carros chegando, o pessoal comprando, e a gente atendendo, colocando dentro dos carros, com cuidado, sem ferir o carro dos clientes. Estamos pedindo que não chova, que seja um São João enxuto”, disse Fernando.