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Congresso apoia investigação da PF que prendeu Milton; veja repercussão

Líderes do Senado e da Câmara se manifestaram a favor da continuidade das investigações

Congresso Nacional - Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

No Congresso Nacional, lideranças demonstraram apoio às investigações da Polícia Federal (PF) que levaram à prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro na manhã desta quarta-feira (22). Ribeiro é investigado sob suspeita de ter cometido os crimes de corrupção e tráfico de influência no cargo.

O líder do partido de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, Altineu Côrtes (PL-RJ), defendeu que as investigações prossigam.

"Óbvio que isso é uma coisa ruim para o governo, já que ele foi ministro do governo, mas não acho que isso afete em nada a credibilidade do governo", disse ao Globo.

"Tudo tem que ser investigado, se as ações aconteceram ali foram coisas pontuais. Acho que o governo não tem que temer nenhum tipo de investigação. Tenho certeza absoluta que o presidente Jair Bolsonaro jamais teve qualquer assunto fora dos assuntos técnicos com esse ou com qualquer ministro".

Paulo Rocha (PA), líder do PT no Senado, disse que vê de forma positiva o fato de a Polícia Federal estar conseguindo levar adiante o caso: "É consequência da investigação que fizeram e das cagadas que fizeram no MEC. Ainda bem que a Polícia Federal está tendo a liberdade de fazer essa investigação".

Já o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) — denunciado pelo Ministério Público em 2021 por suspeita de lavagem de dinheiro e propina — disse que espera que Ribeiro seja inocentado. "Muitos que foram presos, hoje estão inocentados após conclusão das investigações. Espero que seja esse o caso do reverendo Milton Ribeiro", afirmou.

O líder da minoria no Senado Jean Paul Prates (PT-RN) também frisou a "liberdade" da PF. "Agentes públicos negociando propina para liberar verbas da Educação. Que a PF tenha toda a liberdade para investigar e punir os culpados. No governo que diz ter acabado com a corrupção, espero que não queiram acabar é com as investigações", disse no Twitter.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que defendeu a criação de uma CPI do MEC em março, afirmou que "é compreensível agora porque o Governo Bolsonaro se esforçou tanto para retirar assinaturas da CPI do MEC". "O Bolsolão do MEC já é o maior escândalo de corrupção da história!".

A deputada Tabata Amaral disse em rede social que "a área que deveria ser a mais importante ao Brasil virou símbolo do desastre desse governo". "Os piores ministros da Educação da história não só destruíram, como também transformaram o MEC em balcão de negócios", escreveu a deputada.

O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) lembrou que havia pedido providências da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre as suspeitas no MEC. "Não se acaba com a corrupção com orações, populismo ou bravatas online. É preciso ter independência, honestidade e coragem para enfrentar o sistema", disse em sua rede social.