Bolsonaro diz que novos diretores da Petrobras podem mudar política preços
Presidente volta a citar "lucros inimagináveis" da estatal e afirma que preços não precisam "subir imediatamente". Segundo ele, privatização dos Correios está "bastante adiantada"
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na manhã desta quarta-feira (22), que uma nova diretoria da Petrobras poderia mudar a política de preços da empresa. Segundo ele, apesar de o estatuto da estatal definir regras para os reajustes, há espaço para mudanças:
"Apesar de o estatuto da Petrobras falar em PPI (paridade de preços internacionais), a periodicidade do mesmo é um ano, então não precisa subir imediatamente", afirmou em entrevista para a rádio Itatiaia, de Minas Gerais.
Segundo o presidente, a Petrobras “está tendo lucros inimagináveis e poderia, neste momento, não dar esse reajuste todo”. Bolsonaro afirmou que o Conselho de Administração da empresa está relutante em aprovar o nome de Caio Paes de Andrade para a presidência da estatal mas que, depois do aval à troca de comando, poderia haver alterações na política de preços da companhia.
Ele afirmou ainda que a privatização da Petrobras vai ficar para "futuro governo", mas disse que uma desestatização dos Correios já estaria "bastante adiantada"
Mudança no teto de gastos
O presidente disse ainda que o teto de gastos - regra fiscal que limita o crescimento das despesas do governo ao aumento da inflação - tem que ser revisto mais cedo ou mais tarde: "Não justifica a gente ter um excesso de arrecadação de R$ 300 bilhões ano passado e não poder usar em nada em proveito da própria população, apesar de o governo ter diminuído impostos".