BRASIL

Dia de São João: na festa junina da reabertura, preços sobem até 66%, mostra IBGE

Inflação divulgada hoje aponta forte alta em produtos típicos do arraiá. De 15 itens, só dois ficaram mais baratos

Milho combina com festejos juninos, mas, pode ser consumido durante todo o ano - Canva

O caldo verde ficou salgado e a maçã do amosr, indigeta. Depois de dois anos de pandemia, a festa junina de 2022 promete muito arrasta-pé, mas vai ser preciso jogo de cintura para driblar a alta dos preços.

Levantamento feito pelo Globo nos dados da inflação do IBGE divulgados nesta sexta-feira mostra alta de preços de até 66% em 15 produtos típicos da festa tradicional.

A batata-inglesa e a couve, indispensáveis para o caldo verde que aquece as noites frias de junho, subiram 65,93% e 35,03% nos últimos 12 meses. A linguiça e a cebola aumentaram 7,31% e 52,32%.

Maçã e açúcar cristal, do doce típico dos namorados que trocam correio do amor, tiveram alta de 31,25% e 28,89%.

A batata-doce na brasa também pode sair chamuscada. O tubérculo ficou 11,31% mais caro este ano.
 

A inflação, na média, subiu 12,04% nos últimos 12 meses. Mas alguns itens típicos da festa junina tiveram aumento bem maior. E, da cesta de 15 alimentos tradicionais dos festejos, só dois tiveram queda de preço.

O arroz caiu 9,39%. Mas, para completar a receita do arroz doce, vai ser preciso gastar 29,14% a mais no leite longa vida e 8,33% a mais no leite condensado.

O leite de coco para o cuscuz, a canjica e a broa de milho, ficou 17,01% mais caro. O fubá, também para a broa, subiu 21,16%

O feijão-preto, para o caldinho de feijão, ficou 8,77% mais barato. Mas o milho para a pipoca encareceu, 24,03%.