Manifestações

Ativistas climáticos bloqueiam entrada do FMI em Paris

Sua principal reivindicação é a anulação da dívida dos países mais pobres para que possam enfrentar a crise climática

Ativistas climáticos bloquearam nesta segunda-feira (27) durante várias horas as portas da entrada à sede do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Paris para "reivindicar a anulação da dívida dos países do sul". "G7 responsável, FMI culpado, anulem a dí - Thomas Coex / AFP

Ativistas climáticos bloquearam nesta segunda-feira (27) durante várias horas as portas da entrada à sede do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Paris para "reivindicar a anulação da dívida dos países do sul".

"G7 responsável, FMI culpado, anulem a dívida para um planeta vivo", dizia uma faixa pendurada, observou um jornalista da AFP.

Dezenas de ativistas da Extinction Rebellion, Youth for Climate, Attac e 350.org promoveram esta ação no marco de uma campanha mundial nomeada "Dívida pelo clima", devido à cúpula do G7 na Alemanha.

Sua principal reivindicação é a anulação da dívida dos países mais pobres para que possam enfrentar a crise climática.

Alguns militantes colocaram as mãos nas portas de vidro da entrada no prédio em Paris, enquanto outros, sentados no chão, acorrentavam uns aos outros com as mãos dentro de tubos para dificultar sua expulsão.

"Temos que dar a esses países os meios para combater a crise climática. São as primeiras vítimas e os últimos responsáveis", disse "Chalou", da Extinction Rebellion, enquanto seus companheiros lançavam falsas notas com o slogan "Stop fossil fuels" (Pare com as energias fósseis).

Os países do sul "se veem obrigados a explorar os combustíveis fósseis para ter dinheiro efetivo" e "pagar esta dívida", disse à AFP "Zita", outra ativista, para quem este "círculo vicioso" impede aos países mais pobres "investir em soluções sustentáveis".

"A verdadeira dívida é a ecológica dos países do norte com os países do sul", disse Julien Rivoire d'Attac France, que também pede para "acabar com esta gestão colonial" em busca de uma "transição justa".