Após Nelson Piquet chamar Hamilton de "neguinho", F1 e Mercedes criticam fala racista contra piloto
As organizações não citaram o brasileiro nas notas, mas ressaltaram o esforço que Hamilton para combater o racismo e aumentar a diversidade no esporte
A Fórmula 1 e a Mercedes publicaram nesta terça-feira comunicados condenado falas racistas e discriminatórias contra o heptacampeão Lewis Hamilton após a divulgação de um vídeo em que o ex-piloto Nelson Piquet o chama "neguinho" ao comentar tentativa de ultrapassagem sobre Verstappen em 2021.
As organizações não citaram o brasileiro nas notas, mas ressaltaram o esforço de Hamilton para combater o racismo e aumentar a diversidade no esporte.
O vídeo de Piquet é de uma entrevista dada no ano passado ao canal Enerto, no YouTube. Procurada pela reportagem, a assessoria de Nelson Piquet não quis se manifestar sobre o caso.
Em post nas redes sociais, Lewis Hamilton se posicionou. "É mais do que a linguagem. Essa mentalidade arcaica precisa mudar e não tem lugar no nosso esporte. Estive cercado por essas atitudes e fui alvo por toda minha vida. Já tivemos tempo demais para aprender. Chegou a hora da ação", disse o piloto, que também escreveu em português: "Vamos focar em mudar a mentalidade".
"Falas discriminatória e racista são inaceitáveis e não podem ter espaço na sociedade. Lewis é um incrível embaixador do nosso esporte e merece respeito. O esforço incansável dele para aumentar a diversidade e a inclusão é uma lição para muito e algo com que estamos comprometidos", ressaltou a nota da F1.
"Condenamos veementemente qualquer uso de falas racistas e discriminatórias. Lewis tem liderado os esforços para combater o racismo no nosso esporte e é um verdadeiro campeão de diversidade dentro e fora das pistas. Juntos, compartilhamos o desejo de um esporte diverso e inclusivo e esse incidente ressalta a importância fundamental de continuarmos nos esforçando para um futuro melhor", informou a Mercedes.