Contas do governo tiveram déficit de R$ 39,4 bilhões em maio
O resultado é o segundo maior déficit desde o início da série, em 1997
As contas do governo fecharam em déficit de R$ 34,9 bilhões em maio, de acordo com o resultado do Tesouro Nacional divulgado nesta quarta-feira (29). O resultado é o segundo maior déficit desde o início da série, em 1997.
Na comparação com maio do ano passado, o valor é 68,1% maior quando reajustado pela inflação. O resultado do ano passado foi de déficit de R$ 30 bilhões.
Segundo o Tesouro Nacional, a antecipação em um mês do pagamento de 13º para aposentados e pensionistas pesou na conta.
A despesa de R$ 20,7 bilhões contribuiu para o déficit primário de R$ 47 bilhões na Previdência em maio. Além disso, houve aumento de R$ 6 bilhões no pagamento de benefícios do Auxílio Brasil.
O Tesouro Nacional e o Banco Central (BC) compensaram, em parte, esse déficit com superávit de R$ 7,6 bilhões.
Por outro lado, houve redução de R$ 16,5 bilhões nas despesas com créditos extraordinários, especialmente os ligados ao combate à Covid-19.
O déficit ocorreu também apesar da arrecadação de R$ 165,3 bilhões em maio, recorde para o período.
Superávit no acumulado
Já no acumulado do ano, o superávit é de R$ 39,2 bilhões, contra R$ 19,9 bilhões no mesmo período de 2021. Ajustado pela inflação, o número é o 15º maior da série.
Os números positivos do acumulado são resultado de uma sequência de altas na arrecadação de impostos, em maio foi recorde, e por conta da trava nas despesas causada pelo teto de gastos.
De acordo com o Tesouro, houve um aumento nas receitas com Imposto de Renda e Contribuição sobre Lucro Líquido (CSLL) no ano. Para as despesas, os principais pontos foram o aumento do gasto com benefícios previdenciários e pagamento no Auxílio Brasil.