Fórmula 1

Ex-chefe da F1, Bernie Ecclestone é criticado após defender Putin na guerra e minimizar racismo

F1 disse que comentários são 'opiniões pessoais' que contrastam com os valores atuais do esporte

Antigo dono da F-1, Bernie Ecclestone - AFP

O ex-chefe da Fórmula 1 Bernie Ecclestone causou polêmica e foi criticado após uma entrevista na quinta-feira em que defendeu a atuação do presidente da Rússia Vladimir Putin na guerra na Ucrânia e minimizou o caso de racismo envolvendo o ex-piloto brasileiro Nelson Piquet e o heptacampeão Lewis Hamilton, dizendo que o inglês deveria ter "desconsiderado" o fato de ter sido chamado de "neguinho".

Em comunicado, a F1 criticou a postura do bilionário: "os comentários feitos por Bernie Ecclestone são suas opiniões pessoais e contrastam fortemente com a posição dos valores modernos do nosso esporte”.

Ecclestone disse durante participação no programa 'Good Morning Britain' que "levaria um tiro" de Putin, que a invasão do Exército russo e os bombardeios e as mortes no conflito "não foram intencionais" e que Putin "está fazendo algo que ele acredita ser o correto para o país".

Infelizmente, como várias pessoas de negócios, certamente como eu, todos erramos de vez em quando, e quando erramos fazemos o melhor para sair do erro — justificou.

O bilionário também criticou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, dizendo que ele poderia ter impedido a guerra negociando com Putin.

Ao comentar o caso envolvendo Piquet e Hamilton, Ecclestone disse que estava "surpreso por Lewis não ter apenas deixado de lado".

"Não é apropriado para nós, mas provavelmente não é algo terrível que acontece se você disser isso no Brasil. As pessoas dizem coisas, e falam sobre as outras se estão um pouco acima do peso, ou um pouco abaixo do tamanho como eu. Tenho certeza de que as pessoas fizeram comentários sobre isso. Se eu tivesse ouvido, seria capaz de lidar com isso sozinho sem muitos problemas", disse.