Combate ao racismo

Audiência pública aborda racismo e formas de combatê-lo nesta sexta-feira (8)

A audiência ocorre na sede da OAB-PE e é realizada pela Comissão Especial da Verdade Sobre a Escravidão Negra e pelo coletivo Abayomi Juristas Negras

Comissão Especial da Verdade Sobre a Escravidão Negra e coletivo Abayomi Juristas Negras promovem audiência pública sobre racismo - Divulgação

Nesta sexta-feira (8), a partir das 13h, ocorrerá uma audiência pública sobre o racismo e as formas de combatê-lo, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE). A audiência será realizada pela Comissão Especial da Verdade Sobre a Escravidão Negra, da OAB-PE, e pelo coletivo Abayomi Juristas Negras. 

De acordo com os organizadores, a audiência pública abordará as heranças da escravidão, não para procurar culpados, mas para determinar responsáveis pela transformação do estado de flagelo que a população que descende de pessoas escravizadas mantém até os dias de hoje. 

“Será um momento para democratizarmos o debate, envolvendo o poder público, academia, movimentos negros e sociedade como um todo e buscarmos uma reparação histórica e a construção de um futuro igualitário e justo”, diz a presidente da comissão, Chiara Ramos.

Também estarão presentes representantes do Estado e da comunidade acadêmica, lideranças dos movimentos negros, dos povos quilombolas, dos povos indígenas e dos povos de terreiro de todo o estado de Pernambuco.

Comissão Especial da Verdade Sobre a Escravidão Negra 

Sob a presidência de Chiara Ramos, a comissão foi nomeada pelo presidente da OAB Pernambuco, Fernando Ribeiro Lins, no dia 21 de junho. As advogadas Robeyonce Lima e Dhénneffe Araújo foram nomeadas vice-presidente e secretária-geral, respectivamente. A Comissão da Verdade sobre a Escravidão tem o objetivo de discutir os fatos que remetem ao período escravocrata no Brasil, especialmente em Pernambuco. 

Abayomi Juristas Negras

A Abayomi Juristas Negras é uma coletiva de afroempreendedorismo social cuja missão é combater estrategicamente o racismo estrutural, ofertando capacitação, aperfeiçoamento, empoderamento e treinamento de alta qualidade a baixo custo, de forma a criar condições efetivas de inclusão da população negra em espaços de poder e saber, com foco na ocupação de cargos nos órgãos que compõem o Sistema de Justiça Brasileiro.