Tulipa Ruiz traz seu "Tulipa Noire" para o Teatro do Parque, nesta sexta (8)
Cantora e compositora paulista é atração do Projeto Seis e Meia com show ao lado do irmão Gustavo Ruiz
Desde a estreia em “Efêmera” (2010), a paulista Tulipa Ruiz fincou a praxe de ir além do óbvio como artista da música, como ilustradora e como estilista de moda autoral, vieses que a colocam entre as inteirezas da cultura nacional.
Nesta sexta-feira (8), de volta ao Recife em show no Teatro do Parque, ela replica o que poderia ser mais uma entre as incontáveis lives produzidas por nomes diversos da arte no decorrer da pandemia, mas em se tratando da veia pulsante e multifacetada que a persegue, a edição do Projeto Seis e Meia vai ser espaço para o show “Tulipa Noire”, desdobramento de uma espécie de ‘cine-live’ dirigida por Laís Bondansky e protagonizada por Tulipa e pelo irmão Gustavo Ruiz. A abertura fica por conta do cantor pernambucano Ivo Thavora.
“No primeiro momento das lives o desafio era a transmissão, era tecnológico. Como transmitir uma live com qualidade de imagem e som? Demorou para passar para o próximo estágio, o desafio de linguagem. Como fazer arte nesse formato? Rubens Amatto, idealizador da Casa de Francisca, em São Paulo, com essa mesma inquietação, teve a ideia de convidar cineastas para dirigirem lives na sua casa de shows e convidou a Laís Bodansky para ser curadora do projeto e diretora da minha ‘cine-live’”, contou Tulipa em conversa com a Folha de Pernambuco, complementando que “pelo fato de meu nome ter vindo do cinema por conta de um filme chamado ‘La Tulipe Noire’, achei que poderia amalgamar isso com a ideia da live (...) ela ficou tão redonda que virou uma mini turnê”.
Ao lado do “brother”, com quem mantém parceria musical em outros trabalhos, inclusive é dele a assinatura da produção do seu álbum de estreia, Tulipa apresenta ao público pernambucano um dos seus projetos mais intimistas. “É como se eu estivesse em contato com a essência de cada música, sem todas as camadas de arranjos que uma música recebe depois que nasce. Neste show eu sou completamente livre. Por conta da convivência com o Gustavo, pelo fato de sermos irmãos, brothers e parceiros musicais, nosso repertório é bem parecido”, ressalta ela, que segue em polvorosa com agenda tomada (e múltipla), inclusive com revival de “Efêmera” em formato remix para celebrar uma década do start.
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“Daqui a pouco teremos o álbum visual Efêmera Remix (...) Estou no final da turnê ‘Noire’ e também da turnê atual com minha banda, Pipoco das Galáxias. Também tenho feito muitas coisas na Brocal (produtora dela e do irmão, Gustavo) e engloba um estúdio e uma loja de produtos criativos. A loja é meu lugar de desdobramentos gráficos, onde desenho, faço crochê e posso pensar na imagem do som”, contou a paulista que com a produtora, integra o time de estilistas da Casa de Criadores, em São Paulo, espaço dedicado à moda e à arte brasileiras.
Saudosa do Recife e do cenário artístico local, Tulipa segue em affair por festivais como Abril Pro Rock e Rec Beat e do próprio projeto musical do Teatro do Parque. “Tocar no Seis e Meia, que faz parte da formação e da memória afetiva de tanta gente que eu gosto é muito especial para mim”, pontuou ela para em seguida assumir que segue ‘bebendo’ da cena pernambucana ao entregar que “Gosto muito de Flaira Ferro, Uma, Almério. Na vitrola de casa sempre tem Pernambuco, nas vozes de Siba, Alessandra Leão, Isaar, Karina Buhr, Junio Barreto, Lira, Lia de Itamaracá”.
Serviço
Projeto Seis e Meia com Tulipa Ruiz
Nesta sexta (8), 18h30, no Teatro do Parque (Rua do Hospício, 81, Boa Vista)
Ingressos a partir de R$ 50 (meia-entrada) no Sympla e lojas Vagamundo do Shopping Boa Vista