Nutrição

Saiba como a alimentação pode ajudar a retardar os efeitos do envelhecimento

Aliada a exercícios físicos regulares, a escolha do cardápio é uma medida importante que pode ajudar a aumentar nossa proteção antioxidante

Frutas vermelhas, assim como as castanhas, podem ajudar a combater os radicais livresAcerola - Pixabay

Na busca por uma vida mais saudável e longeva, o cuidado com uma alimentação mais equilibrada é um dos hábitos mais importantes. E quando se trata de retardar os efeitos da velhice, para além dos tratamentos estéticos, isso é possível com disciplina na hora de nutrir o corpo. 

E para falar de envelhecimento do nosso organismo, precisamos citar os radicais livres, verdadeiros vilões da longevidade. São moléculas instáveis que apresentam um elétron que se associa de maneira muito rápida a outras moléculas de carga positiva com as quais pode reagir ou oxidar. No nosso organismo, os radicais livres são produzidos pelas células, durante o processo de queima do oxigênio, utilizado para converter os nutrientes dos alimentos absorvidos em energia. 

Agentes oxidantes
Os radicais livres podem danificar células sadias do corpo. Entretanto, nosso organismo possui enzimas protetoras que reparam 99% dos danos causados pela oxidação, ou seja, nosso organismo consegue controlar o nível desses radicais produzidos através do nosso metabolismo. Os processos metabólicos não são a única fonte de radicais livres. Aliada a exercícios físicos regulares, a escolha do cardápio é uma medida importante que pode ajudar a aumentar nossa proteção antioxidante.

“A função básica das vitaminas é serem antioxidantes. Mas o que tem maior impacto na longevidade é a ingestão adequada de proteína. Infelizmente não existe super alimento”, alerta o clínico Bruno Concerva. 
Segundo ele, os alimentos ricos em vitamina C, A, E, omega 3 e gorduras monossaturadas são os carros-chefes pois eles são os principais antioxidantes e os de mais fácil acesso.

“Como opções, temos as frutas vermelhas (as berries e similares), vegetais ricos em vitamina C (pimentão e frutas cítricas), oleaginosas, pois são ricas em vitamina E (castanhas, amendoim, baru, castanha do Pará), azeite, grãos (linhaça, centeio, gergelim e chia) e a famosa cúrcuma. Este tempero pode ser adquirido em supermercados e casas especializadas”, orienta. 

Vilões do cardápio
“Quanto mais produção de oxidantes, maior o processo regenerativo. Os temerosos carboidratos simples (açúcares, farinha de trigo não integral, farinha de arroz, doces, etc) são bons exemplos de alimentos que devem ter o consumo reduzido ao máximo pois eles induzem a produção de oxidantes. As gorduras saturadas (carnes gordurosas como picanha e as processadas como linguiças, presunto e fiambre) se juntam a esse time alimentos evitáveis”, adverte o especialista. 

O ideal é procurar um médico especializado em nutrição ou um nutricionista, pois cada organismo tem suas particularidades. “Receber a informação correta, perfilada e correspondente às possíveis doenças pré-existentes. A comida exerce uma função que vai além nutrir. Também tem o papel social, familiar e de prazer”, pondera Bruno. 

Pele e cabelo
Os sinais da idade costumam vir com rugas e sinais na pele, nos cabelos brancos e queda dos fios, duas das maiores preocupações estéticas que o envelhecimento provoca. Antes de mais nada, é preciso saber envelhecer. 

“O processo de envelhecimento é inexorável. Não pode ser revertido. No máximo, amenizado por uma alimentação balanceada com baixa quantidade de carboidratos simples e gorduras saturadas e quantidade adequada de proteínas. Elas participam de vários processo metabólicos, mas em se tratando de pele, participa da formação do colágeno. Uma proteína da pele que ao longo da vida vamos perdendo o que nos confere o aspecto de envelhecidos”, explica Concerva.

SERVIÇO
Bruno Concerva 
Consultório: Hospital Esperança - Ilha Do Leite
Informações: (81) 3131-7890/98513-9045