Agronegócio

IPA impulsiona produção de hortaliças em Pernambuco

Importante fonte de renda para os agricultores familiares, as hortaliças vem se destacando no Estado

A produção de hortaliças vem se destacando, ao longo dos anos, em Pernambuco - Divulgação/ IPA

Importante fonte de renda para os agricultores familiares, a produção de hortaliças vem se destacando, ao longo dos anos, em Pernambuco. O IPA auxilia no desenvolvimento da área, principalmente, com os trabalhos de pesquisa realizados na parte de melhoramento genético das culturas da cebola e do tomate.  

“A produção de hortaliças para a região nordeste do Brasil desempenha papel socioeconômico de extrema relevância, pois a maior parte dos agricultores é de base familiar e os grandes produtores, que empregam uma tecnologia mais avançada, necessitam mesmo assim, de uma quantidade de mão de obra significativa, para os tratos culturais e colheita”, explicou o pesquisador do IPA, Josimar Gurgel.

As principais hortaliças trabalhadas pelo programa de melhoramento do IPA são cultivares de cebola e tomate. No entanto as culturas da alface, coentro, cebolinha, pimentão e repolho representam as hortaliças que são cultivadas pelos produtores rurais. O IPA contribui com as orientações técnicas visando a eficiência da produção.

"De forma geral, os agricultores querem cultivares que reúnam qualidade, produtividade e tolerância a pragas e doenças. Os intermediários desejam produtos com alta qualidade, resistentes ao transporte e que possuam longa vida de prateleira. Por sua vez, o consumidor espera um produto saboroso, com qualidade e livre de resíduos de agrotóxicos. Os melhoristas do IPA trabalham tentando reunir o maior número dessas necessidades traduzidas em genótipos, e assim, desenvolver cultivares mais próximas do ideal dos diversos setores", afirmou Josimar. 

Ao longo dos anos, o IPA lançou algumas cultivares, como por exemplo: Pera IPA 1; Pera IPA 2; Roxa IPA 3; Pera IPA 4; Chata IPA 5; Composto IPA 6; Pera Norte IPA 7; Mutuali IPA 8 (roxa); Belém IPA 9; Franciscana IPA 10 (roxa); ValeOuro IPA 11 e Brisa IPA 12. 

Segundo dados do IPA, em 2017, a produção de cebola no Brasil foi de 1.705,7 mil toneladas, o que significa um aumento de 2,95% em relação a 2016 (1.656,9 mil t). A produtividade saiu de 28.842 kg/ha para 29.491kg/ha, um aumento na ordem de 2,25%. A região Nordeste foi responsável pela produção de 288.806 toneladas, com destaque ao estado da Bahia, com uma produção de 255.200 toneladas, e ao estado de Pernambuco, com 27.720 toneladas produzidas, os quais foram responsáveis por 97.7% da produção regional. 

Com essa produção, a cultura movimentada no Estado, por ano, foi de um montante superior a R$ 27 milhões, se for considerado o valor médio de R$ 20,00/saco. Além disso, houve uma geração de cerca de 60 mil empregos diretos e indiretos.

O tomate, hortaliça que também merece atenção no cenário Nordestino, representa uma importante fonte de renda para os agricultores familiares e para o agronegócio no Estado. A cultura do tomate movimenta uma receita na ordem de 19 milhões pela venda de 48 mil toneladas do produto e 2.500 empregos diretos, em Pernambuco. O programa do tomate do IPA lançou, até agora, 11 cultivares. 

Apesar da expectativa de boas safras para o segundo semestre deste ano devido às chuvas e ao alto nível de abastecimento dos reservatórios de água, os preços dos insumos agrícolas vêm subindo ao longo dos últimos meses acarretando maior custo de produção e influenciando os preços finais para os consumidores.