SAÚDE

Como Anitta, Amy Schumer teve endometriose. Diagnóstico tardio teve consequências sérias para atriz

Atriz faz campanha nas redes sociais para que mulheres se informem sobre o assunto

Amy Schumer - Reprodução/Twitter

Nesta sexta-feira (8), Anitta compartilhou nas redes sociais que foi diagnosticada com endometriose. A cantora contou que, há nove anos, convive com fortes dores após o ato sexual e durante o período menstrual, e que, ao longo desse período, apenas ouviu dicas e conselhos de médicos sobre a importância da higiene rigorosa com a genitália. O distúrbio, se não tratado, pode trazer consequências para a saúde e fertilidade da mulher. Foi o caso da atriz e comediante Amy Schumer, que precisou remover o útero e o apêndice devido ao alto número de focos da doença.

Logo após a cirurgia, em setembro de 2021, Amy compartilhou nas redes o que aconteceu com ela e fez um apelo às mulheres em forma de alerta: “Se você tem períodos menstruais realmente dolorosos, pode ter #endometriose”, escreveu ela na legenda. No vídeo, a atriz descreveu como seu médico encontrou “30 pontos de endometriose”, que atacaram seu apêndice. Havia também muito sangue em seu útero.

Como Anitta, Schumer levou anos até ter o diagnóstico de endometriose. Na ocasião, a atriz revelou o alívio por finalmente saber a causa das dores que sentia.

"As dores de toda a minha vida foram explicadas e tiradas do meu corpo. Eu já sou uma nova pessoa. Estou feliz pela energia que tenho para ficar com o meu filho", disse.

O que é endometriose?

Simplificando, a endometriose ocorre quando um tecido semelhante ao que cresce dentro do útero (o endométrio) cresce fora do útero.

Na maioria dos casos, esse crescimento acontece dentro e ao redor dos órgãos da cavidade pélvica, e o tecido na endometriose age da mesma forma que faria dentro do útero: ele cresce, engrossa e tenta se desprender a cada ciclo menstrual.

Na endometriose, o tecido não tem como sair do corpo e pode causar muita dor e levar a outras complicações, incluindo infertilidade.

Falar abertamente sobre um distúrbio que envolve diretamente a fertilidade e a saúde reprodutiva é algo que ainda atrai polêmica e representa um desafio. Essa falta de discussão e vergonha são as principais razões pelas quais essa condição muitas vezes não é diagnosticada, o que pode ser extremamente debilitante para a paciente.