Diplomacia

Blinken diz que reunião com chanceler chinês foi construtiva mas fez alerta sobre Taiwan

Blinken afirmou que,a reunião, pediu ao colega chinês que estabeleça distância da Rússia e condene a "agressão" russa contra a Ucrânia

Secretário de Estado americano, Antony Blinken, conversou com o chanceler chinês, Wang Yi, no sábado (9) - Stefani Reynolds / POOL / AFP

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que as conversas deste sábado com o chanceler chinês, Wang Yi, foram "úteis, francas e construtivas", mas que expressou "preocupação" com a situação de Taiwan.

"Apesar da complexidade de nossas relações, posso dizer com certa confiança que nossas delegações consideraram as discussões de hoje (sábado) úteis, francas e construtivas", disse Blinken após cinco horas de reunião com Wang, um dia depois de um encontro com os chefes da diplomacia do G20 em Bali.

"Expressei a profunda preocupação dos Estados Unidos com a retórica e as atividades cada vez mais provocativas de Pequim em relação a Taiwan e com a importância vital da manutenção da paz e da estabilidade no Estreito de Taiwan", acrescentou Blinken.

As tensões entre China e Estados Unidos sobre a ilha aumentaram com as incursões aéreas chinesas na zona de defesa aérea de Taiwan, que Pequim considera uma província própria e da qual afirma que está determinado a recuperar algum dia, inclusive pela força se necessário.

Blinken afirmou que também pediu ao colega chinês que estabeleça distância da Rússia e condene a "agressão" russa contra a Ucrânia.

"É realmente o momento de todos nos levantarmos, como fizeram os países do G20 um depois do outro, para condenar a agressão e exigir, entre outras coisas, que a Rússia permita o acesso aos alimentos bloqueados na Ucrânia", disse.

O secretário de Estado americano disse não ter percebido "nenhum sinal de cooperação" por parte da Rússia.

Na sexta-feira, o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, se ausentou de várias sessões com os colegas do G20 (fórum de potências industrializadas e emergentes) depois de receber uma série de críticas pela invasão da Ucrânia por parte da Rússia.