PEC Eleitoral é um "exercício de responsabilidade fiscal", diz Guedes
Segundo o ministro, solução da PEC Eleitoral é melhor do que a "PEC Kamikaze" ventilada no início do ano
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira que as medidas que compõem a PEC Eleitoral são um exercício de “responsabilidade fiscal” frente à “PEC Kamikaze”, que chegou a ser discutida no início do ano.
Em participação na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, Guedes diz que as medidas de PEC Eleitoral, discutida atualmente na Câmara, são de “transferência de renda” e não de subsídios aos combustíveis.
"São transferência de renda, não são subsídios para os senhores senadores, ou para ministro, ou para o presidente da República, para todo mundo usar petróleo mais barato. Isso seria um erro dramático do ponto de vista de política econômica, seria socialmente regressivo, injusto com os mais frágeis, seria irresponsável frente a gravidade da crise internacional que está acontecendo", disse o ministro.
Nesse cenário, Guedes disse que a solução pela PEC Eleitoral, que prevê R$ 41,2 bilhões em novas despesas é bem melhor para o lado fiscal do que a PEC Kamikaze.
A PEC discutida no início do ano previa redução de tributos e auxílio para caminhoneiros, medida que também consta na PEC Eleitoral.
"Não tenho a menor dúvida de que sairmos, fugirmos, evitarmos a PEC Kamikaze de mais de R$ 120 bilhões naquela ocasião por um programa agora de transparência de renda aos mais frágeis de R$ 40 bilhões, que é um terço, foi um exercício de responsabilidade fiscal, de consequência que o Congresso exerceu junto com o governo", afirmou Guedes.
Segundo o ministro, a não aprovação da PEC Kamikaze na época foi correto e, se ela seguisse, em frente “ai sim poderia haver uma conversa a respeito de populismo”.
"Eu acredito que temos um presidente popular, não acredito que temos um presidente populista. O presidente tem dado apoio exatamente às medidas que são fisicamente consequentes e responsáveis", apontou o ministro.