Música

Nelson Brederode estreia seu primeiro show autoral no 30º FIG

Com mais de 20 anos de carreira, o músico e compositor levará ao Palco Instrumental sua "transritmia" no show "A Charada Sincopada"

Nelson Brederode estreia seu show "A charada sincopada" no FIG - Raphael Malta / Divulgação

"A Charada Sincopada", primeiro show autoral do artista Nelson Brederode, estreia no 30º Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), no dia 28 de julho, no Palco Instrumental do Parque Ruber Van Der Linden - Pau Pombo, às 18h. Com mais de 20 anos dedicados à música e ao cavaquinho, seu principal instrumento, o músico e compositor apresentará sua "transritmia", influenciada pela suas vivências no samba, choro, frevo, maracatu, forró, dentre outros ritmos tradicionais, explorando outras sonoridades através de efeitos com seus pedais.

No repertório, músicas dos dois trabalhos lançados: "Profrissional" e "A Charada Sincopada", além de  músicas inéditas. Em seu show, Nelson aborda a tradição e a vanguarda, suas raízes e seus brotos, o cavaquinho do samba e um cavaquinho tocado com arco de violino, resumindo, um pouco de suas vivências e experiências.

Além do cavaco e viola machete de Nelson, o show contará com a percussão de George Rocha, bateria de Bruno Tenório, baixo de Deyvid Sankey, e teclado e guitarra de Breno Rocha e produção de Thays Melo, da Epahey Produções Culturais.

Ouça "Profrissional":
 

Ouça "A Charada Sincopada":


O artista
Transrítmico é uma das palavras que definem a musicalidade, ou melhor, o cavaquinho de Nelson Brederode. O prefixo “trans”, dentre outros significados, quer dizer “além de”, “em troca de” ou “através de”. Em síntese, refere-se ao dom exercitado de observar para além de si, de projetar ritmos através de si e de aprender com todas as trocas sonoras, que a sua trajetória artística possibilitou.

Essa forma de vivenciar a música, faz de Nelson Brederode um músico ímpar, que consegue posicionar um instrumento tão tradicionalmente vinculado ao samba e ao choro, como o cavaquinho, em outros gêneros, ritmos e ambientes sonoros. A tarefa é desafiadora, sem dúvidas, pois exige uma eterna reconstrução do “ego” a partir do reconhecimento dos tantos “alter”, da riqueza sonora brasileira. Nelson transita com facilidade por todos esses sistemas musicais com simplicidade. Como ele mesmo costuma dizer, “é como nascer em outro lugar, sem ter morrido no anterior”.

A experimentação é um dos fundamentos da arte de Nelson Brederode, desde o período em que ingressou no Curso de Licenciatura em Música da UFPE (2004). Nesta época, experimentou pela primeira vez um pedal de modulação, um “PHASER”, se encantando com as múltiplas possibilidades que os efeitos aplicados no cavaquinho proporcionam. Desde então, o músico vem desenvolvendo suas experiências com diferentes sonoridades no cavaquinho, seja com pedais de efeitos, seja com arco de violino, seja com a Banda Rua (com três discos gravados), seja em seus trabalhos pessoais, onde, embora não tanto como texturas e mais como ritmo e melodia, seu cavaquinho é cheio de reverbs, delays, chorus, distorções e outros efeitos.