Atletismo

Liderado por Alison dos Santos, Brasil vai ao Mundial de Atletismo com boas chances

Além de Piu, Darlan Romani e Thiago Braz possuem boas chances de medalhas; Brasil pode igualar melhor campanha

Alison dos Santos - Jonne Roriz/COB

São três homens de personalidades bem diferentes as principais esperanças do Brasil no Mundial de Atletismo, que começa quinta-feira, em Eugene, nos Estados Unidos. Se o trio alcançar o pódio, vai igualar a campanha de 1999, em Sevilla, na Espanha. Até hoje, as duas pratas e um bronze são o melhor resultado do país na competição.

Alison dos Santos, o Piu, é o extrovertido, o homem das dancinhas. Em grande fase, está em quarto no ranking masculino geral da World Athletics e soma quatro ouros em etapas da Liga Diamante este ano. Medalhista de bronze nos 400m com barreiras nos Jogos de Tóquio, chega ao Mundial como o melhor da prova na temporada.

Darlan Romani ficou sem medalha no Japão, mas cativou a torcida brasileira por outro motivo: ao fazer com os dedos da mão que arremessa o peso um pequeno sinal de coração para a filha, sempre que é apresentado diante das câmeras de TV. Nos Estados Unidos, ele chega para a prova bem cotado para o pódio, especialmente depois de desbancar os algozes olímpicos no Mundial Indoor, disputado em março deste ano, em Belgrado, na Sérvia, e conquistar o ouro.

Completa o trio o tímido Thiago Braz, duas vezes pódio olímpico, ouro no Rio e bronze no Japão, no salto com vara. Ele está em busca de medalha que o coloque definitivamente como um dos maiores nomes do atletismo brasileiro de todos os tempos. Braz tem boas chances de pegar prata ou bronze. O ouro deve ficar com o fenômeno sueco Armand Duplantis, principal astro do atletismo na atualidade.

Outro nome importante é adversário direto de Alison dos Santos. O norueguês Karsten Warholm tentará o tricampeonato mundial nos 400m com barreiras. Pesa contra ele e a favor de Piu o fato de Warholm ter se lesionado no início de junho. Sua presença em Eugene é certa. As condições físicas, uma incógnita. Se não fosse isso, o recordista mundial e campeão olímpico em Tóquio seria favorito ao ouro.

Menos cotado do que o trio, mas com chances de surpreender no Campeonato Mundial, Rafael Pereira, de 25 anos, merece ser visto com atenção. Ele atravessa grande fase na prova dos 110m com barreiras. A marca de 13seg17, alcançada este ano, é o melhor tempo de sua carreira. Com ele, seria finalista na prova na última edição dos Jogos Olímpicos de Tóquio, no ano passado.