Empresário é preso em Jaboatão suspeito de integrar grupo que exportava cocaína para portos europeus
A prisão ocorreu nessa quarta-feira (13), durante a "operação Maritimum", da Polícia Federal, deflagrada em Pernambuco e outros seis estados
Um empresário de 41 anos foi preso em Barra de Jangada, Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, suspeito de integrar uma organização criminosa especializada em tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.
A prisão ocorreu nessa quarta-feira (13), durante a "Operação Maritimum", da Polícia Federal, deflagrada em Pernambuco e outros seis estados - Rio Grande do Norte, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Ceará e Pará. O grupo investigado utilizava o transporte marítimo para exportar cocaína para portos europeus.
O grupo atuava em terminais portuários do Nordeste e Sudeste, tendo como base as cidades de Natal, Salvador e a Baixada Santista. Cerca de 350 policiais participaram da ação e cumpriram 46 mandados de prisão preventiva e 90 mandados de busca e apreensão.
Em Pernambuco, foram cumpridos um mandado de prisão e dois de busca e apreensão. Segundo a PF, contra o empresário, que atua no ramo de transportadora e logística, foi cumprido um mandado de prisão preventiva e um de busca e apreensão na residência dele, um flat em Barra de Jangada. No local, foram apreendidos dois celulares, um notebook, dois Hds e uma agenda.
Ainda de acordo com a PF, o empresário, que não teve o nome divulgado, passará por audiência de custódia e, caso seja confirmada a prisão preventiva, ele será encaminhado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu Lima, na RMR, onde ficará à disposição da 2ª Vara Criminal da Justiça Federal do Rio Grande do Norte.
Já o segundo mandado de busca e apreensão foi cumprido num galpão situado no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana. No local, a PF afirmou não ter encontrado nenhum material que pudesse ser de interesse da investigação.
Entenda a atuação dos criminosos
A Polícia Federal identificou, no final de 2021, um grupo logístico que introduzia entorpecentes em cargas de frutas e outras mercadorias que teriam como destino os portos da Europa.
Durante as investigações, foram realizadas apreensões de drogas nos Portos de Santos/SP, Salvador/BA, Natal/RN, Fortaleza/CE e Barcarena/PA, além da interceptação de cargas nos países europeus de destino - Bélgica, França e Países Baixos. Ao todo, cerca de oito toneladas de cocaína foram apreendidas.
A PF informou, ainda, que pessoas físicas e empresas foram utilizadas para lavar o dinheiro do crime, ocultando e dissimulando a origem dos valores ilícitos com o objetivo de criar uma rede de tráfico internacional de drogas por intermédio da exportação de mercadorias. Das contas bancárias dos investigados, a polícia realizou o bloqueio de R$ 169,6 milhões.
Os presos responderão por organização criminosa, tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e outros crimes que ainda estão em apuração e não foram divulgados.