Conselho de Administração da Petrobras rejeita dois nomes indicados por Bolsonaro
Em reunião realizada nesta segunda-feira, conselho seguiu a recomendação do Comitê de Elegibilidade sob o argumento de que há conflito de interesses por causa da posição ocupada pelos executivos
O Conselho de Administração da Petrobras seguiu a recomendação do Comitê de Elegibilidade (Celeg) e rejeitou os nomes do secretário-executivo da Casa Civil, Jônathas Castro, e do procurador-geral da Fazenda Nacional, Ricardo Soriano de Alencar, para integrar o conselho, segundo informações do Valor. Ambos foram indicados pelo presidente Jair Bolsonaro.
No dia 18 de agosto, a Petrobras realizará a assembleia geral extraordinária (AGE) para a eleição dos indicados ao conselho de administração da companhia. A convocação para a AGE deve ser feita pelo atual conselho até amanhã, porque precisa ocorrer com uma antecedência mínima de 30 dias.
Segundo o Celeg, há indicação de conflito de interesses entre as posições ocupadas pelos executivos no governo e a atuação no conselho da Petrobras. Segundo o Comitê de Elegibilidade, os outros sete candidatos preenchem os requisitos e não têm vedações para concorrer às vagas.
O comitê não tem o poder de rejeitar diretamente, mas de recomendar a rejeição, o que foi acatado pelo Conselho de Administração, por unanimidade.
O comitê aprovou os nomes indicados pelos minoritários, José João Abdalla e Marcelo Gasparino, assim como dos outros cinco nomeados da União: Gileno Barreto; Edison Garcia; Ieda Gagni; Ruy Schneider; e Márcio Weber.
Após eleitos, eles se somarão à Rosângela Buzanelli, indicada pelos funcionários da petroleira, além de Marcelo Mesquita e Francisco Petros, indicados pelos acionistas minoritários, eleitos pelo voto em separado da União.
Ao todo, serão eleitos para o conselho da Petrobras oito representantes diversos. O objetivo é preencher novamente vagas escolhidas que foram por meio do sistema de voto múltiplo na última assembleia, em abril.
*Com informações do Valor