Com show voz e violão, Adriana Calcanhotto retorna ao Recife: "É uma plateia muito quente"
Cantora se apresenta no Teatro RioMar, nesta quinta-feira (21)
O reencontro de Adriana Calcanhotto com o público pernambucano será em dois momentos. Primeiro, a cantora gaúcha se apresenta no Recife, nesta quinta-feira (21), às 21h30, no Teatro RioMar. Depois, ela segue para o Agreste de Pernambuco, para sessões no Festival de Inverno de Garanhuns, no sábado, às 12h e às 18h.
“Pernambuco é um lugar muito forte, de uma plateia muito quente. Eu comparo sempre com a seleção brasileira, que joga em Pernambuco quando precisa elevar a autoestima. O Marcelo Costa, baterista que trabalha com vários artistas, diz que, no Recife, a cada música que você toca parece que fez um gol. E eu concordo com isso. Garanhuns eu já fiz, vou fazer de novo, e é sempre uma delícia também”, comentou a artista, em entrevista à Folha de Pernambuco.
Essas serão as primeiras apresentações de Calcanhotto no Estado desde que retomou sua agenda de shows. A apresentação no Recife estava inicialmente prevista para fevereiro, mas precisou ser adiada devido à piora nos índices da pandemia de Covid-19 naquele momento.
Calcanhotto desembarca em terras pernambucanas com a sua nova turnê "Voz e Violão", que já passou por outros estados brasileiros e, entre maio e junho, passou por dez países da Europa. Com cenário assinado por Mana Bernardes, o show adota um formato que a própria cantora classifica como sua plataforma.
“É com a voz e o violão que eu componho as minhas canções e, na grande maioria dos casos, também é como eu tiro as canções dos outros compositores. E o público gosta dessa apresentação porque tem esse nível de intimidade. O que eu faço em casa trabalhando ou no quarto de hotel é a mesma coisa que eu levo para o palco. Acho que há uma coisa direta e muito íntima, que as pessoas gostam”, disse a artista, sem descartar outras formas de apresentação. “Eu gosto de intercalar o osso - que é o voz e violão - com os espetáculos com banda, porque eu não prefiro nenhum formato. Eu gosto, justamente, de poder alternar”, explicou.
O que ouvir no show
No repertório, estão canções que marcaram a carreira da cantora, como "Devolva-me", "Vambora" e "Esquadros". Também há espaço para trabalhos mais recente, como o single “Veneno Bom”, premiada com menção honrosa no International Songwriting Competition (ISC) deste ano, e “A Flor Encarnada”, gravada por Maria Bethânia em seu novo álbum, "Noturno".
Durante o período de quarentena, enquanto estava confinada em casa, Calcanhotto compôs e gravou um disco inteiro. Lançado em 2020, “Só” foi produzido com a colaboração de músicos em diversas partes do País, reunindo canções que versam sobre o cenário pandêmico. Uma das participações é do pianista pernambucano Zé Manoel, cujo dedilhar nas teclas do instrumento acompanha a voz da artistas na romântica “Era só”.
Reação do público virou música
ação política brasileira também passa pelo radar criativo da cantora. Em “O que temos”, música que também integra o disco “Só”, ela incluiu o barulho dos panelaços contra o presidente Jair Bolsonaro. Calcanhotto encara com naturalidade os coros de teor político vindos do público em seus shows, algo que tem sido recorrente em apresentações de diferentes artistas. “A manifestação política nos shows é livre. Observo quando ela vem do público e acho que deve ser como deve ser, se houver e se não houver. Não acho que nada seja obrigatório”, declarou.
Serviço
Adriana Calcanhotto - Show Voz e Violão
Quando: amanhã, às 21h30
Onde: Teatro RioMar (RioMar Shopping)
Quanto: de R$ 70 a R$ 220