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Ucrânia quer mais armas e sanções em reação à ampliação da ofensiva russa

Pedido ocorreu após Rússia anunciar que seu Exército pretende expandir sua presença na Ucrânia

Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia - Sergi Supinsky / AFP

O governo ucraniano pediu a seus aliados nesta quarta-feira (20) que adotem mais sanções e acelerem o fornecimento de armas para o país, depois de a Rússia anunciar que seu Exército pretende expandir sua presença na Ucrânia

"Os russos querem sangue, não negociações. Peço a todos os parceiros que endureçam as sanções contra a Rússia e acelerem as entregas de armas à Ucrânia", tuitou o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba. 

Essa reação ocorre depois de seu homólogo russo, Serguei Lavrov, ter dito que a campanha militar russa não se concentraria "apenas" no leste da Ucrânia e que as negociações de paz "não têm sentido" no momento. A ofensiva russa começou em 24 de fevereiro passado.

"A confissão do ministro russo das Relações Exteriores de seu sonho de se apoderar de mais terras ucranianas mostra que a Rússia rejeita a diplomacia e se concentra na guerra e no terror", continuou Kuleba. 

Lavrov destacou que os objetivos militares da Rússia na Ucrânia não se limitam mais apenas ao leste do país, também afetam "outros territórios" e podem até ser estendidos. 

O chanceler russo justificou a mudança por uma "geografia diferente" em relação à situação que existia no fim de março, quando Moscou disse que queria se concentrar no leste, depois de fracassar na tentativa de conquistar Kiev, a capital ucraniana. 

Lavrov também declarou que as conversas com Kiev "não têm sentido na situação atual", considerando que os contatos anteriores "revelaram apenas a falta de vontade da parte ucraniana de discutir seriamente qualquer coisa".