Cuba concede gestão de ilha turística no país para grupo privado canadense
Empresa do ramo hoteleiro conta com mais de 10 mil quartos para hospedagem no país
As autoridades cubanas concederam a operação de todos os centros de hospedagem e outras atividades extra turísticas realizadas em Cayo Largo del Sur, ilha paradisíaca no sul do país, ao grupo hoteleiro canadense Blue Diamond. A informação foi dada por um diretor da empresa, segundo a AFP.
"Para nós, é muito importante, porque, como cadeia, vamos mudar a chave de forma integral ao nível da exploração, ao nível do marketing, não só os 11 produtos hoteleiros que temos, que são sete moradias e quatro hotéis, mas, por sua vez, vamos nos encarregar da gestão não hoteleira [áreas comerciais nas praias", disse Rafael Villanueva, diretor comercial da Blue Diamond Cuba, à televisão estatal.
No início de julho, foi inaugurada a nova pista do Aeroporto Internacional de Vilo Acuña, bem como a reabilitação da torre de controle e outras instalações para o relançamento do centro turístico caribenho, que tem 37,5 kms quadrados, sendo um lugar de criação natural para várias espécies de tartarugas.
Além disso, novos voos partindo de Toronto, Montreal, Quebec, Ottawa e Halifax começarão a operar nos próximos meses. O executivo explicou que os turistas italianos devem começar a chegar em outubro, e em novembro a chegada dos canadenses, o maior grupo de viajantes que costumam passar férias em Cuba.
O grupo hoteleiro, que conta hoje com 10.900 quartos de hospedagem em Cuba, tem ganhado espaço no setor turístico da ilha, onde o grupo espanhol Meliá é responsável pelo maior número de hotéis, com 40 ao todo.
Em agosto, a Blue Diamond também assumirá o controle do luxuoso hotel Paseo del Prado, inaugurado pouco antes da pandemia na avenida central do Prado, na capital cubana, que se tornará Royalton Habana.
"Será o carro-chefe da capital", disse Villanueva, destacando a importância desta operação como a “maior marca” da Royalton internacionalmente.
O turismo, principal motor da economia da ilha, caiu de pouco mais de um milhão de visitantes internacionais em 2020 para cerca de 356 mil em 2021, segundo dados oficiais. Antes da pandemia de coronavírus, as chegadas de turistas chegaram a 4,1 milhões em 2018. Desse total, mais de um milhão eram canadenses.
Para este 2022, as autoridades previram a chegada de 2 milhões de visitantes internacionais. Até maio, 564.847 viajantes já estiveram no país.