GUERRA NA UCRÂNIA

Reino Unido impõe novas sanções contra a Rússia por invasão à Ucrânia

As sanções são contra membros do Ministério da Justiça e oligarcas russos

Bandeira do Reino Unido e o Big Ben - Niklas Halle'n/AFP

O Reino Unido anunciou, nesta terça-feira (26), novas sanções contra membros do Ministério da Justiça e contra oligarcas russos com interesses financeiros significativos em território britânico, em represália pela invasão da Ucrânia por Moscou.

Entre as 40 pessoas atingidas, estão o ministro da Justiça, Konstantin Tshutshenko, e seu vice, Oleg Sviridenko, acusados de "ampliar seu poder para reprimir a liberdade de expressão dos russos", informou a Chancelaria em uma nota.

Além dos 29 governadores regionais da Rússia, Londres ampliou suas sanções a Vitali Khotsenko e a Vladislav Kuznetsov, nomeados por Moscou como autoridades nas regiões ucranianas separatistas pró-russas de Donetsk e Luhansk.

"Não vamos ficar em silêncio, e veremos como os designados pelo Kremlin violam o povo ucraniano e suas liberdades", afirmou a ministra das Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, que prometeu continuar a impor sanções àqueles que estiverem no entorno do governo russo.

Desde o começo da invasão russa à Ucrânia, o Reino Unido já aplicou sanções a mais de 1.100 pessoas e 120 empresas, por seus vínculos com o presidente russo, Vladimir Putin.

As novas sanções anunciadas nesta terça-feira, que incluem o congelamento de bens e a proibição de entrar em território britânico, também afetam dois sobrinhos de um oligarca russo próximo ao Kremlin. Um deles é Sarvar Ismailov, ex-dirigente do clube de futebol inglês Everton.

Londres acrescentou que também incluiu nesta lista negativa sírios "responsáveis por terem recrutado mercenários para lutar na guerra da Rússia contra a Ucrânia" e de "apoiarem o regime sírio", um grande aliado de Moscou que intervém na Síria desde 2015 ao lado do governo de Bashar al-Assad. 

Na semana passada, a União Europeia comunicou que impôs sanções a dez cidadão sírios e a duas empresas de segurança privada por sua participação no recrutamento de mercenários sírios e palestinos enviados para combater na Ucrânia em nome da Rússia.