MPT decreta sigilo no processo de investigação contra o presidente da Caixa por assédio
Além de proteger as testemunhas, a medida tem por objetivo assegurar o andamento dos trabalhos, "considerando que a publicidade de tais elementos de prova pode acarretar prejuízo à investigação"
O procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT), Paulo Neto, decretou sigilo das informações e documentos do processo de investigação das denúncias de assédio contra o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.
Segundo o despacho, a decisão abrange informações de documentos apresentados pelos investigados, depoimentos de testemunhas e dados fornecidos pelas polícias e órgãos de fiscalização.
Além de proteger as testemunhas, a medida tem por objetivo assegurar o andamento dos trabalhos, "considerando que a publicidade de tais elementos de prova pode acarretar prejuízo à investigação".
Nessa terça-feira, o procurador já havia transformado as investigações preliminares em inquérito civil, o que amplia a atuação do MPT, como realização de perícias, inspeção de unidades da Caixa e pedido de informações e documentos para esclarecer as acusações.
Guimarães se afastou do cargo em 29 de junho, após a divulgação de denúncias de assédio sexual a funcionárias do banco. O caso também está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF).